Sonia Moraes
Os bancos de montadoras liberaram R$ 212,8 bilhões em 2023, montante 9% superior aos R$ 195,3 bilhões disponibilizados em 2022 para o financiamento de veículos, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). O saldo total da carteira de clientes aumentou 11,5%, atingindo R$ 417,5 bilhões, ante os R$ 374,6 bilhões registrado no ano anterior.
Segundo a Anef, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) permanece na liderança dos financiamentos de veículos, R$ 415 bilhões, 11,5% superior a 2022. O Leasing atingiu R$ 2,5 bilhões, permanecendo estável em comparação ao ano anterior.
Do total de recursos liberados, o CDC cresceu 9,1%, atingindo R$ 211,8 bilhões, e o Leasing alcançou R$ 1 bilhão. “A queda na taxa de juros e, principalmente as campanhas de incentivo com taxas atrativas realizadas pelas montadoras, ajudaram a compor esse resultado”, afirma Paulo Noman, presidente da Anef.
A inadimplência acima de 90 dias apresentou uma leve diminuição, cerca de 0,1%, para pessoa física, ficando em 5,6% para o total de recursos livres (operações de crédito as quais as taxas de juros são livremente acordadas entre as instituições financeiras e os agentes tomadores de crédito), e para pessoa jurídica permaneceu praticamente estável em 3,5%.
Modalidades de pagamentos-
As vendas financiadas de veículos comerciais (caminhões e ônibus) aumentaram a participação de 37% em 2022 para 41%, em 2023. O Finame cresceu de 29% para 31%. As vendas à vista caíram de 29% para 23% e o consórcio manteve-se estável em 5%, segundo a Anef.
O total de veículos de passeio e comerciais leves financiados chegou a 40%, se aproximando do patamar de 2021, que foi de 46%. Com isso, as compras à vista diminuíram de 64%, em 2022 para 55% no ano passado. O Consórcio cresceu em participação um ponto percentual, chegando a 5%. “A redução das vendas à vista também é um reflexo da queda da taxa de juros, que atualmente está em 11,25%”, diz Noman.
Para 2024, o presidente da Anef diz estar otimista com a frequente queda na taxa de juros e o Marco Legal das Garantias, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro do ano passado, que determina que um mesmo bem possa ser usado como garantia em mais de um pedido de crédito. “Com o Marco Legal das Garantias, as empresas terão mais segurança para conceder crédito no Brasil. Da mesma forma, taxas de juros mais baixas, economia estável e PIB positivo fazem com que o consumidor se sinta mais confiante em financiar um carro”, diz Noman.
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