O porto Sudeste recebeu pela primeira vez o Cape Apollo, navio da classe Wozmax com 327 metros de comprimento, equivalente a três campos de futebol. A embarcação, que representa uma revolução em termos de capacidade de carga e eficiência logística, partiu transportando 225 mil toneladas de minério de ferro. O carregamento desta embarcação somente foi possível devido ao novo calado operacional do porto Sudeste, que passou de 17,8 m para 18,3 metros. O Wozmax é o maior navio de granel sólido a atracar nas águas internas da baía de Sepetiba e no porto Sudeste.
“A chegada do Wozmax é a conclusão de uma etapa de desenvolvimento do porto Sudeste que sonhávamos desde o início, quando foi concebido. O minério de ferro é uma commoditie que demanda volume e com essa classe de navios conseguimos uma competitividade muito maior. É um tremendo avanço do nosso negócio, mas também resultado de muito foco, resiliência e determinação dos profissionais do Porto em perseguir essa meta” disse Guilherme Caiado, diretor de operações. “Essa nova marca amplia a nossa competitividade, uma vez que otimiza a utilização do berço, reduz os custos operacionais e melhora o valor do frete”, complementa.
O atual calado permite a entrada de navios de grande porte, como os do tipo Wozmax. Chegar à profundidade atual envolveu uma engenhosidade aplicada na derrocagem, utilizando um método com fio diamantado, fundamental para alcançar essa nova profundidade. Conduzido pela empresa UMI SAN – Hidrografia e Engenharia, ele não apenas elevou a capacidade do porto Sudeste, mas também estabeleceu novos padrões ambientais e de segurança.
Essa conquista também representa um compromisso com a redução de emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para metas ambientais e redução da pegada de carbono. Com a ampliação da profundidade do calado, o escoamento de minério e de outros produtos poderão ser realizados em embarcações com mais capacidade de carga.
A capacidade de transportar 225 mil toneladas de minério de ferro em uma única viagem otimiza a operação do porto, além de evitar um maior gasto de combustíveis fósseis. O aumento em 50 cm no calado permite a entrada de navios de maior porte que transportam 30 mil toneladas, um acréscimo que corresponde a cerca de dois trens de 136 vagões.