Sonia Moraes
A indústria de autopeças acumulou de janeiro a outubro de 2023 déficit de US$ 8,3 bilhões na balança comercial, o que representou uma retração de 15% em relação aos US$ 9,7 bilhões registrados no mesmo período de 2022, conforme mostram os dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
O saldo negativo deve-se à movimentação maior das importações, que totalizaram US$ 15,9 bilhões, e mesmo com redução de 3,9% em relação aos dez meses de 2022 (US$ 16,6 bilhões) representaram quase o dobro das exportações.
As exportações, apesar do aumento de 11,8% no período, o resultado ficou menor que as importações, totalizando US$ 7,7 bilhões, ante os US$ 6,8 bilhões alcançados nos dez meses de 2022.
O Sindipeças destaca que em outubro as exportações totalizaram US$ 761,6 milhões, superando em 6,1% setembro (US$ 717,9 milhões), mas ficou 2,4% abaixo de outubro de 2022 (US$ 780,2 milhões).
Exportações
Do total de componentes exportados para 207 mercados, a Argentina ficou com 37,4% de participação nos dez meses de 2023 primeiro semestre, com US$ 2,87 bilhões de componentes adquiridos do Brasil, 15,8% a mais que em janeiro e outubro de 2022, seguida pelos Estados Unidos, que teve 15,1% de participação, com US$ 1,15 bilhão, 3,8% superior ao mesmo período de 2022.
Na sequência está situado o México, que absorveu US$ 757,2 milhões, 21,8% a mais que no mesmo período do ano passado, ficando com 9,8% do total, e a Alemanha, que teve 6,8% de participação, com US$ 520,7 milhões, aumento de 9,3% sobre o acumulado de janeiro a outubro de 2022.
Importações
Nas importações provenientes de 192 países de janeiro a outubro de 2023, a China se destacou com US$ 2,50 bilhões, 6,3% a menos que nos de meses de 2022, e a participação foi 15,6% nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 2,03 bilhões, 0,2% acima do mesmo período de 2022 e 12,8% de participação.
A Alemanha teve 9,8% de representatividade, com o total de US$ 1,56 bilhão, 6,3% inferior aos dez meses de 2022. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,5% de participação, com US$ 1,35 bilhão, 4,5% abaixo do mesmo período de 2022.