Segundo levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), as empresas de aluguel de carros que atuam no Brasil vão terminar 2023 com uma frota de 1,56 milhão de automóveis e comerciais leves, a maior já registrada na história do setor no país.
A entidade divulgou o balanço parcial da atividade em 2023, junto a projeções e tendências para o setor. De janeiro a outubro, por exemplo, o total de compras de veículos zero km por locadoras atingiu 436.579 unidades, equivalentes a 24,76% de todos automóveis e comerciais leves vendidos pelas montadoras este ano no Brasil.
O levantamento da ABLA foi feito a partir de dados do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Em relação à frota total do segmento, o crescimento no terceiro trimestre chegou a 11,6% no comparativo com o mesmo período de 2022: as locadoras terminaram setembro com 1,502 milhão de automóveis e comerciais leves na frota, contra 1,327 milhão de unidades registradas em setembro de 2022.
Somente no mês de outubro, o setor foi responsável pela compra de 54 mil automóveis e comerciais leves novos. A projeção de compras para novembro e dezembro é de mais 50 mil carros novos por mês – a estimativa é terminar o ano com o total de aproximadamente 540 mil veículos novos emplacados por locadoras.
As locadoras são, historicamente, responsáveis por absorver mais de 20% das vendas anuais de automóveis e comerciais leves. O presidente da ABLA, Marco Aurélio Nazaré, diz que os resultados ratificam que o setor continua essencial para a retomada das vendas de veículos. “E a diversificação da frota das locadoras também vai ao encontro do desejo de atendimento cada vez mais personalizado por parte de empresas e de pessoas físicas.”
Os principais responsáveis pelo aquecimento da demanda por carros alugados serão os nichos de terceirização de frotas e carro por assinatura. No carro por assinatura, conforme a ABLA, havia aproximadamente 80 mil veículos na modalidade ao final de 2020; agora, em outubro de 2023, o volume dobrou para 160 mil veículos. Já com relação ao turismo, o ainda elevado custo das passagens aéreas e variações cambiais também deverão seguir provocando estímulos às viagens com veículos alugados, conforme a associação setorial.