Sonia Moraes
A indústria de autopeças acumulou, de janeiro a setembro de 2023, um aumento de 13,7% nas exportações que totalizaram US$ 6,9 bilhões, ante os US$ 6,1 bilhões registrados no mesmo período de 2022, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Em setembro, o setor teve as maiores retrações em ambos os comparativos mensais, segundo o Sindipeças. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a queda foi de 7,4%, de US$ 775,6 milhões para US$ 717,9 milhões, e sobre agosto deste ano (US$ 870,1 milhões), a redução foi de 17,5%.
Mesmo com o resultado positivo, as exportações acumuladas até setembro deste ano foram menores que as importações, o que resultou em déficit de US$ 7,4 bilhões, 15,8% inferior ao saldo negativo de US$ 8,87 milhões registrado nos nove meses de 2022.
As importações em setembro também apresentaram as maiores retrações nos comparativos mensais. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a queda foi de 13,3%, de US$ 1,71 milhões para US$ 1,48 milhões, e sobre agosto deste ano (US$ 1,76 milhões) a retração foi de 15,9%. No acumulado de janeiro a setembro, as importações totalizaram US$ 14,4 bilhões, queda de 3,8% em relação ao mesmo período de 2022 (US$ 14,9 milhões). O Sindipeças atribuiu a queda nas importações ao fraco desempenho das atividades domésticas do setor.
Do total de componentes importados de 186 países nos nove meses de 2023, os principais mercados foram a China, com US$ 2,32 bilhões, 7,61% a menos que janeiro a setembro de 2022, ficando com 15,5% de participação nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 1,83 bilhão, 2,3% a mais que nos nove meses do ano anterior e 12,8% de participação.
A Alemanha teve 9,8% de representatividade, com o total de US$ 1,41 bilhão, 5,5% abaixo dos nove meses de 2022. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,5% de participação, com US$ 1,22 bilhão, 6,6% inferior ao mesmo período do ano passado.
Nas exportações para 201 mercados, a Argentina se destacou com US$ 2,58 bilhões, 17% a mais que no mesmo período de 2022 e a participação foi de 37,2%, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 1,05 bilhão, 7,3% superior ao acumulado de janeiro a setembro de 2022 e 15,2% de participação.
Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 683,8 milhões, resultado 23,5% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 9,9% do total, e a Alemanha, que teve 6,9% de participação, com US$ 477,1 milhões, aumento de 10,7% sobre janeiro a setembro de 2022.