Sonia Moraes
A indústria de autopeças está conseguindo manter o bom desempenho das exportações e acumula, de janeiro a agosto de 2023, crescimento de 16,7% nos embarques que totalizaram US$ 6,2 bilhões, em comparação aos US$ 5,3 bilhões registrados no mesmo período de 2022, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Em agosto, as exportações atingiram o segundo maior montante do ano (US$ 870,1 milhões), ficando apenas atrás de maio de 2023 (US$ 893,5 milhões). Em relação a julho deste ano (US$ 817,1 milhões) e agosto do ano passado (US$ 8,17,2 milhões) o crescimento foi de 6,5%.
Apesar do resultado positivo, as exportações acumuladas até agosto deste ano ficaram abaixo das importações, o que resultou em déficit de US$ 6,7 bilhões, 15,6% inferior ao saldo comercial negativo de US$ 7,9 bilhões registrado nos oito meses de 2022.
Nas importações, o resultado de agosto apresentou crescimento de 11,6% em relação a julho deste ano (de US$ 1,58 bilhão para US$ 1,76 bilhão) e redução de 6,1% em relação a agosto do ano passado (US$ 1,87 bilhão). No acumulado de janeiro a agosto de 2023 as importações totalizaram US$ 12,9 bilhões, com queda de 2,6% sobre os oito meses do ano passado, quando as compras externas de autopeças atingiram US$ 13,2 bilhões.
Do total de componentes importados de 182 países nos oito meses de 2023, os principais foram a China, com US$ 1,97 bilhão, 7,1% a menos que janeiro a agosto de 2022, ficando com 15,3% de participação nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 1,63 bilhão, 3,1% a mais que nos oito meses do ano anterior e 12,7% de participação.
A Alemanha teve 9,8% de representatividade, com o total de US$ 1,27 bilhão, 3,8% abaixo dos oito meses de 2022. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,5% de participação, com US$ 1,09 bilhão, 5,1% inferior aos oito meses de 2022.
Nas exportações para 197 mercados, a Argentina se destacou com US$ 2,27 bilhões, 19,1% a mais que no mesmo período de 2022 e a participação foi de 36,7%, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 940,8 milhões, 9% acima de janeiro a agosto de 2022 e 15,1% de participação.
Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 618,4 milhões, resultado 26,4% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 9,9% do total, e a Alemanha, que teve 7,1% de participação, com US$ 444,08 milhões, aumento de 17,8% sobre janeiro a agosto de 2022.