Transporte Moderno – Quais as principais tendências em monitoramento e telemetria para prevenção de acidentes?
Rodrigo Abbud – Um dos fatores que mais impactam nos acidentes rodoviários é a desatenção gerada pelo cansaço do motorista. Por isso, os sistemas que controlam a jornada regulamentada pela Lei 13.103 são importantíssimos e estão em pauta nas principais transportadoras, para que o descanso seja cumprido à risca e este condutor esteja apto a dirigir nos momentos corretos. Por isso, teclados de jornada de motorista e acessórios que identificam fadiga são realidades e continuam como soluções factíveis na prevenção de acidentes.
Transporte Moderno – E para a prevenção de roubos de cargas e de caminhões?
Rodrigo Abbud – Com 1,72 milhão de km de rodovias é impossível que as operadoras de telefonia celular cubram todo este território. E o monitoramento ainda se destaca pela necessidade de prever uma ação de roubo e furto. Por isso, é vital que os equipamentos de rastreamento tenham uma inteligência para que se comuniquem entre si e passem a criar uma rede própria de comunicação, agregando a estrutura atual de antenas das operadoras celulares. Além disso, sistemas que possuam antijammer e que se ativem e transmitam sinais mesmo sob efeito deste inibidor é uma tendência de mercado. Tecnologias estas que os produtos do Grupo Tracker possuem. Hoje todo ladrão de caminhão ou carga utiliza um jammer para realizar o roubo, e ter sistemas de antijammer com tecnologias de radiofrequência que não sofrem interferência é mandatório, principalmente a radiofrequência de longo alcance, visto que estes veículos transitam em locais de grande extensão territorial.
Transporte Moderno – O videomonitoramento é o que existe de mais moderno para gestão da frota? Ou há outras alternativas?
Rodrigo Abbud – O videomonitoramento é um sistema preditivo, que permite ter um acesso remoto do que está acontecendo na cabine do caminhão. Entretanto ainda é um sistema relativamente caro para a operação e precisa que os olhos estejam 100% voltados para cada um destes veículos, até mesmo os que possuem alguma inteligência artificial ainda requerem um acompanhamento parcial. O fato é que qualquer sistema que trabalhe como um “Big Brother” sob o motorista, faz com que a condução seja mais correta e assertiva, evitando assim penalidades impostas pelos contratantes. Alternativas plausíveis e mais acessíveis estão atreladas ao monitoramento em si, como o controle de jornada, hábitos de condução, ranking de motoristas.
Transporte Moderno – Quais os principais produtos da empresa?
Rodrigo Abbud – O Grupo Tracker atua com tecnologias para monitoramento e gestão de frotas por meio de sistemas de GPS/GPRS com uma grande gama de acessórios que auxiliam os clientes no controle dos veículos e de seus condutores, como por exemplo, teclado de jornada de motorista, sensores de abertura de portas e baús, bloqueio, dentre outros. Para o quesito segurança, o Grupo Tracker se destaca pela relevância no mercado com sua expertise ao longo de mais de 23 anos de mercado e por conta de sua exclusiva tecnologia de Radiofrequência de longo alcance. Esta tecnologia é imune a ação dos jammers, permite a localização em locais fechados e, por ser um equipamento autônomo, pode ser escondido em qualquer lugar do veículo. Para atender as demandas de mercado, o Grupo Tracker comercializa produtos com estas tecnologias individualizadas ou integradas, como por exemplo, o recém-lançado Tracker Log Max, sistema que possui um módulo de GPS/GPRS + radiofrequência que se comunica com um módulo adicional de Radiofrequência autônomo, potencializando a proteção do veículo e da carga, além de ser uma antena móvel de Radiofrequência que se comunica com os outros equipamentos instalados com Tracker em caminhões por todo o país.
Transporte Moderno – Quais as perspectivas de mercado para os próximos meses?
Rodrigo Abbud – No início de junho deste ano, o governo lançou um pacote de benefícios buscando estimular a renovação da frota de ônibus e de caminhões. Fator este que será importante para impulsionar um mercado que teve uma pequena retração recente. É claro que terá um pico inicial e depois, com a finalização destes créditos deverá retornar aos parâmetros iniciais de vendas destes veículos. O fato é que o mercado brasileiro ainda é muito dependente do modal rodoviário, e este seguirá por um bom tempo como um mercado ainda a ser explorado pelas empresas prestadoras de serviços. Além disso, o custo dos veículos e das cargas estão em constante crescimento e a sua proteção ou até mesmo, prevenção a perdas, se torna ainda mais latente a cada dia.