Sonia Moraes
A indústria de autopeças registrou em maio aumento de 28,3% nas exportações que atingiram US$ 893,5 milhões, em relação ao mesmo mês de 2022. Na comparação com abril deste ano, o crescimento foi de 20,5%, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
O Sindipeças esclareceu que a despeito da queda do mercado automotivo em alguns países vizinhos, especialmente na Argentina, que teve recuo de 2,1% na produção na passagem de abril para maio, o aumento no envio de volumes para outros mercados tem assegurado desempenho positivo para exportações de autopeças. Esse resultado refletiu no acumulado de janeiro a maio, com as vendas para o exterior totalizando US$ 3,78 bilhões, aumento de 24% sobre os cinco meses de 2022.
O movimento das importações foi inverso. Em maio, houve um recuo de 3,2% em relação ao mesmo mês de 2022, com o total de US$ 1,76 bilhão. E no acumulado de janeiro a maio os US$ 8,05 bilhões ficaram 1,1% abaixo dos cinco meses de 2022, quando as compras externas atingiram US$ 8,14 bilhões. Esse resultado, segundo o Sindipeças, sinaliza para um resultado anual, ainda que elevado, ligeiramente inferior ao de 2022, de US$ 19,6 bilhões.
Mesmo com a retração, as importações superaram as exportações, o que resultou em um déficit de US$ 4,26 bilhões, 16,2% inferior aos cinco meses ao ano passado.
Exportações –
Do total de componentes exportados para 188 países nos cinco meses de 2023, a Argentina se destacou com US$ 1,35 bilhão, 25,2% a mais que no mesmo período de 2022 e a participação foi de 35,9%, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 574,3 milhões, 14,7% superior que janeiro a maio de 2022 e 15,2% de participação.
Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 364,4 milhões, 30,3% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 9,6% do total, e a Alemanha, que teve 7,5% de participação, com US$ 284,4 milhões, aumento de 27,6% sobre os cinco meses de 2022.
Importações –
Nas importações provenientes de 157 mercados, os principais foram a China, com US$ 1,23 bilhão, 7,4% a menos que janeiro a maio de 2022, ficando com 15,3% de participação nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 975,8 milhões, 2,1% a mais que o mesmo mês do ano anterior e 12,1% de participação.
A Alemanha teve 10,2% de representatividade, com o total de US$ 819,1 milhões, 0,7% inferior aos cinco meses de 2022. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,5% de participação, com US$ 680,9 milhões, 9,6% inferior aos cinco meses de 2022.