As operadoras logísticas VLI e Copi inauguram corredor de importação de fertilizantes do Arco Norte no porto do Itaqui, em São Luís (MA). O projeto conta com investimentos conjuntos de aproximadamente R$ 400 milhões e tem com capacidade para movimentar até 1,5 milhão por ano de toneladas do insumo, suprindo a demanda crescente por fertilizantes no Arco Norte do país.
Os testes operacionais foram realizados ainda no final de 2022, e em 2023, mais de 100 mil toneladas de insumos para fertilizantes já foram transportadas pelo corredor, projetado para atender produtores situados em uma área que abrange os estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia e Piauí, além do Tocantins, Maranhão e do Distrito Federal.
A operação do novo corredor consiste no carregamento pela Copi, no porto do Itaqui, de composições da VLI, de onde a carga segue por ferrovias VLI até a nova estrutura especialmente projetada e construída pela Copi para esta operação, destinada à recepção, armazenagem e expedição de fertilizantes, no Terminal Integrador de Palmeirante (TIPA), no Tocantins, de propriedade da VLI.
Além destes investimentos, a preparação para a entrada em operação do novo corredor incluiu a aquisição de material rodante para gerar capacidade de movimentação de carga – duas locomotivas, no último ano, e 78 vagões HTT, entregues em março. Os equipamentos se somam à frota da companhia em operação no corredor Centro-Norte, que liga os estados do Maranhão e do Tocantins.
“A inauguração do corredor de fertilizantes é mais uma mostra do compromisso da VLI com a geração de valor na cadeia de negócios dos nossos clientes e um grande estímulo ao fortalecimento da infraestrutura logística do Arco Norte do país. Estamos certos de que este projeto representará um marco na história do agronegócio de toda a região, pela eficiência e competitividade da ligação ferroviária, que permitirá o transporte de insumos fertilizantes em direção a zonas produtoras e, no fluxo inverso, a movimentação da safra em direção ao sistema portuário do Maranhão, contribuindo para as exportações brasileiras”, afirma Fábio Marchiori, CEO interino e diretor executivo financeiro, de Supply Chain e de Serviços da VLI.
“Com a expertise da Copi na logística de fertilizantes, a competência da VLI na movimentação de produtos e a força dos nossos clientes, temos certeza de que este novo fluxo será o catalisador do crescimento do agronegócio na região centro norte do país, contribuindo fortemente para o seu desenvolvimento socioeconômico. Importante destacar também a fundamental parceria e apoio da EMAP como autoridade portuária e agente fomentador de desenvolvimento, e dos poderes públicos estaduais e federal na realização deste feito. Estamos muito felizes em celebrar este importante marco atingido e o início deste novo fluxo”, afirma Guilherme Eloy, CEO da Copi.
A VLI é o principal player no transporte ferroviário de insumos para fertilizantes, com movimentação anual de cerca de dez milhões de toneladas, atendendo alguns dos principais players do segmento.
Polo industrial –
Segundo a VLI, a inauguração do corredor logístico de fertilizantes é um primeiro passo para uma grande transformação regional, que culminará na criação de um grande polo industrial no Terminal Integrador de Palmeirante, que possui área de cerca de 230 hectares, com possibilidade de arrendamento de terreno para players de fertilizantes, tradings de agronegócio e outros setores interessados em se instalar e operar no local. A principal vantagem é o ganho em eficiência, pela proximidade com a operação ferroviária e capacidade de armazenagem oferecida no local.
O primeiro grande investimento no polo industrial foi anunciado em fevereiro, pela Mosaic Fertilizantes, que investirá R$ 400 milhões em uma unidade de mistura, armazenagem e distribuição a ser instalada no terminal da VLI, que já tem negociações com outros também players interessados em operar no TIPA.
O movimento poderá ter como consequência a industrialização não apenas do Tocantins, mas de outros estados da área de influência. A VLI possui experiência neste modelo, com bons resultados para os clientes em operações na Ferrovia Centro-Atlântica, também administrada pela companhia. Um exemplo é a FTO, localizada ao lado do Terminal Integrador de Araguari (MG). Desde 2019, quando se instalou a interligação por correias transportadoras entre a FTO e o TIA, a FTO cresceu 20% ao ano os volumes movimentados pela ferrovia, com destino ao porto de Tubarão, no Espírito Santo.