Sonia Moraes
As exportações de autopeças se expandiram em 25,1% nos primeiros três meses de 2023, alcançando US$ 2,2 bilhões, enquanto as importações recuaram 0,5%, totalizando US$ 4,7 bilhões. Mesmo assim, a balança comercial do setor apresentou saldo negativo de US$ 2,6 bilhões, com recuo de 15% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) esclarece que o aumento das exportações no primeiro trimestre foi beneficiado pela taxa cambial em nível médio acima de R$ 5,00 e pela dinâmica positiva do mercado automotivo em países vizinhos. E o recuo das importações é decorrente da desaceleração da atividade econômica, acompanhada das paralisações nas montadoras e lenta normalização das cadeias de suprimento.
Na comparação mensal, as vendas ao exterior em março (US$ 797,2 milhões) superaram em 3,3% o resultado de fevereiro de 2023 (US$ 771,9 milhões) e em 23,2% o mesmo mês de 2022 (US$ 647 milhões). As importações de US$ 1,81 bilhão contabilizadas em março representou incremento de 31,4% em relação a fevereiro deste ano (US$ 1,37 bilhão) e mostrou estabilidade em relação a igual mês do ano anterior.
Do total de componentes exportados para países 161 países os principais foram a Argentina, com US$ 750,3 milhões, 30,4% a mais que em janeiro e março de 2022, garantindo 34,9% de participação, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 342,8 milhões, 20% a mais que no primeiro trimestre de 2022 e 15,9% de participação.
Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 211,2 milhões, 30,1% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 9,8% do total, e a Alemanha, que teve 7,3% de participação, com US$ 157,6 milhões, aumento de 20,9% sobre os três primeiros meses de 2022. A Colômbia aparece em quinto lugar, com US$ 87,1 milhões, aumento de 31,4% sobre janeiro e março de 2022 e 4% de participação nas compras de componentes.
Nas importações de 145 países no primeiro trimestre de 2023, a China se destacou com US$ 727,1 milhões, 15,2% a menos que no acumulado de janeiro a março de 2022, e a participação foi 15,4% nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 547,7 milhões, aumento de 3,6% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e 11,6% de participação.
A Alemanha teve 10,7% de representatividade, com o total de US$ 506,1 milhões, aumento de 9,4% sobre os três primeiros meses de 2022. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,1% de participação, com US$ 381,9 milhões, 11,9% a menos que no mesmo período do ano anterior, e o México, quinto lugar, assegurou 7,9% de participação, com US$ 373,1 milhões, 26,7% superior a janeiro e março de 2022, segundo o Sindipeças.