Sonia Moraes
A indústria de autopeças sinaliza melhora para 2023, com faturamento estimando em R$ 202,7 bilhões, o que representará um crescimento de 6,1% sobre 2022, que alcançou R$ 191 bilhões, superando em 8,5% o resultado de 2021 (R$ 176,1 bilhões), segundo projeção do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). As montadoras deverão contribuir com 66,1% aos resultados, o mercado de reposição com 19,4% e as exportações com 10,1%.
A estimativa anterior era de que o faturamento chegasse a R$ 188,4 bilhões, com 65,3% de contribuição das montadoras, 16% do mercado de reposição e 14,3% das exportações. Para a balança comercial do setor, a previsão do Sindipeças é que o déficit tenha um recuo de 24,4%, atingindo US$ 9 bilhões em 2023, ante um saldo negativo de US$ 11,90 bilhões registrados em 2022. As importações poderão atingir US$ 17,5 bilhões, valor 12,1% inferior aos US$ 19,9 bilhões de 2022, e as exportações alcançarão US$ 8,5 bilhões, superando em 6,3% os US$ 8 bilhões do ano passado.
Para os investimentos, os valores de 2023 estão menores do que o Sindipeças havia projetado no ano passado. De US$ 1,9 bilhão o montante reduzirá para US$ 1,1 bilhão, 14,9% inferior ao US$ 1,3 bilhão aplicado em 2022. As empresas devem apresentar melhora no número de postos de trabalho este ano, com 279,1 mil empregados, pequena elevação de 0,5% em relação aos 277,7 mil trabalhadores registrados em 2022.