Por Fred Carvalho, de Itupeva
A Fiat é líder no concorrido mercado de vans, com 37% de participação, mas pretende ampliar com a chegada da quarta geração do Ducato, com cinco configurações: cargo, multicargo, multi, minibus confort e minibus executivo. Desta vez, no entanto, não existirá a versão chassis.
“O mercado de vans vem em forte crescimento, saindo de 53 mil unidades em 2019 para 64 mil no ano passado. E a Fiat acompanhou este movimento com o lançamento do Scudo no ano passado e também na implementação do atendimento especializado aos clientes com a introdução da Fiat Professional,” comenta Herlander Zola, vice-presidente sênior da Fiat para a América do Sul.
O projeto inicial era trazer a nova geração do Ducato no segundo semestre do ano passado, mas, como o novo produto é importado da fábrica da Sevel, na Europa, tornou-se mais interessante transferir o lançamento para início deste ano. Vantagem para os consumidores que usufruirão das melhorias introduzidas para 2023.
“A previsão de vendas para este ano é em torno de duas mil unidades. Até poderia ser mais, mas com as taxas de juros atuais fica complicado elaborar estratégias de financiamento atraentes”, explica Zola.
Diferenciais importantes –
A quarta geração Ducato tem inúmeras vantagens competitivas para redução do custo operacional. Desde um motor 2.2 turbodiesel com 140 cv – versão anterior tinha 130 cv- start stop e já dentro das normas Euro 6/Proconve L7, com uma economia de combustível de 13% em relação à terceira geração. Importante: a autonomia é de 900 quilômetros.
Na área de segurança introduz o controle adaptativo de carga – que distribui eletronicamente o acionamento de freios conforme distribuição da carga – controle de estabilidade, hill assist – sistema para partida em rampas – controle de tração, sensor de estacionamento e piloto automático.
Para facilitar a vida do motorista, a alavanca do câmbio de seis marchas fica localizada no painel e é extremante fácil de acionar, tem apoio para o braço com regulagem, ar condicionado, airbags para motorista e passageiro, banco com regulagem lombar, de altura e inclinação, além de 15 porta-objetos com capacidade para 37 litros.
A preocupação com o custo operacional aparece em outros detalhes, como a grade dianteira dividida em três partes – facilita a troca do pedaço danificado – e os faróis tendo um posicionamento mais alto, da mesma maneira que as lanternas traseiras, o que evita danos em casos de acidentes leves do dia a dia – as chamadas ‘encostadinhas’.
As rodas em aço, proteções laterais, para-choques emborrachados, maçanetas com acionamento vertical, posição de acesso mais baixa, fácil acesso para pallets, ganchos de fixação, porta lateral deslizante, 1000 litros de capacidade de carga, tudo foi concebido para minimizar custo.
A preocupação com o TCO (Total Cost of Ownership) também conhecido como custo operacional, foi uma constante na elaboração da quarta geração. E no comparativo para 100.000 km/24 meses o Ducato tem TCO de R$ 2,78 por quilômetro contra 3,13 dos concorrentes.
No preço da cesta colisão, o custo está em R$ 9.990,00 contra R$ 12.022 da Transit, R$ 12.063 da Master e R$ 18.236 da Sprinter. A mesma coisa acontece no valor das três primeiras revisões.
Com a importação direto da Europa, as futuras decisões quanto a importar a versão elétrica ou um outro produto ou versão serão mais fáceis. A maior dificuldade, lógico, é a preparação para eventuais oscilações cambiais.
Com este lançamento, com a proximidade que a Fiat tem com os transformadores – que produzem desde ambulâncias até sofisticados motorhomes – existem boas possibilidades para buscar mais alguns pontos percentuais no mercado de vans.
A estratégia está bem estruturada. E para a linha de produtos ficar mais similar à italiana falta apenas o Doblò da última geração.
DUCATO
OS PREÇOS DAS VERSÕES
Cargo (11,5 m3)
R$ 245.990,00
Maxicargo (13 m3)
R$ 249.990
Multi (13 m3)
R$ 261.490,00
Minibus Confort – 19 pax
R$ 309.990,00
Minibus Executivo – 17 pax
R$ 319.990,00