Volvo alcança resultado recorde no mercado de caminhões em 2022

Além de crescer 10% no ano passado no segmento de caminhões, a Volvo também avançou 79% no mercado brasileiro de ônibus

Sonia Moraes

A Volvo atingiu em 2022 resultado recorde no mercado brasileiro de caminhões, com 24.093 veículos emplacados e crescimento de 10% em relação a 2021, sendo que deste total 18.747 são veículos pesados. O desempenho garantiu a liderança da marca neste segmento e a consolidação do crescimento em semipesados. “2022 é o ano que vai ficar para a história, ficamos com 29% de market share, quase um terço do mercado de pesados”, declarou Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões da Volvo do Brasil.

Com 8.317 veículos emplacados, o Volvo FH 540 foi mais uma vez o caminhão mais vendido do Brasil. Além disso, o modelo ocupou o topo do ranking de vendas de caminhões pesados no país pela décima vez, sendo a quinta consecutiva, período em que também liderou em todas as categorias de peso.

“É um veículo consagrado, que dá alto retorno ao transportador em economia de combustível, robustez, eficiência operacional e segurança, atributos que se destacam ainda mais na nova série Euro 6, que está chegando ao mercado agora”, disse Cavalcanti.

Na linha VM, veículos usados principalmente para operações regionais, de média distância, ou vocacional moderado, a Volvo teve uma boa performance, tendo forte aumento nas vendas, com 8.676 veículos entregues, somando as versões semipesadas e pesadas. “Foi o maior volume em toda a história do VM. Expandimos a comercialização em 38% nesse último ano”, disse Cavalcanti.

Com 4.732 veículos emplacados, o VM 270 foi o semipesado mais vendido do Brasil em 2022. “Foi a primeira vez que um dos modelos VM lidera em vendas. Mostra que a aceitação é crescente, o que é ainda mais especial se considerarmos que esse é um segmento competitivo”, argumentou o executivo.

Na América Latina, os outros mercados de destaque para os caminhões da marca foram o Peru, com 1.902 entregas (crescimento de 17%) e o Chile, com 1.687 entregas (crescimento de 25%). Ao todo, a Volvo entregou mais de 31 mil caminhões nos diversos países do continente, sendo 28.627 licenciados. O Brasil representou 84% desse volume e, mais uma vez, foi o segundo maior mercado de caminhões da marca no mundo.

Ônibus-

No segmento de ônibus, a Volvo também teve um ano histórico, com 1.967 veículos vendidos na América Latina, com crescimento de 94%, o que representou 34% de participação nas entregas mundiais da marca em 2022. “A América Latina tem uma forte representatividade nos negócios da Volvo Buses global. Os países da nossa região são estratégicos para nosso negócio”, declarou André Marques, presidente da Volvo Buses Latin America.

No Brasil, onde a Volvo foi a fabricante que mais cresceu em volumes, foram licenciados 658 veículos em 2022, expansão de 79% em volumes. “Foi o maior crescimento percentual entre todas as marcas que atuam no país”, destacou Marques.

O segmento rodoviário teve 391 chassis licenciados no Brasil ano passado, com expansão de 220% sobre o ano anterior, impulsionada pelo fim das medidas de distanciamento e pelo gradativo retorno à normalidade, com muitas pessoas voltando a viajar e a fazer turismo por via terrestre.

No segmento de urbanos, a Volvo também teve bom desempenho em 2022, com a venda de 240 veículos para São Paulo e de 100 chassis articulados para o sistema BRT do Rio de Janeiro.

“São negócios que demonstram a confiança do mercado em nossa oferta de veículos e serviços para sistemas de grande capacidade, com ônibus de alta robustez e desempenho, com baixo consumo de combustível”, disse o presidente.

A Volvo entregou ainda no ano passado 566 chassis para Santiago, capital do Chile. Deste total, 474 unidades foram ônibus convencionais e 92 articulados, que corresponderam a 87% da nova frota Euro 6 da cidade. “A Volvo tem uma longa experiência em Santiago, participando desde o início do sistema da cidade, com uma grande reputação de oferecer veículos seguros e avançados”, disse o presidente.

Também foram exportados 99 ônibus para a Guatemala, (69 deles embarcaram apenas no início deste ano). Os veículos dessa última entrega vão rodar no novo sistema chamado Tu Bus, que pretende integrar as rotas de alimentação com o sistema Transmetro, a moderna estrutura de transporte público de passageiros da Cidade da Guatemala, a capital do país.

Volvo Financial Services-

Acompanhando o bom movimento do mercado de caminhões e ônibus a Volvo Financial Services (VFS), divisão de serviços financeiros da Volvo fechou 2022 com R$ 18,3 bilhões em sua carteira de ativos, o que representou uma elevação de 45% na comparação com 2021, recorde histórico de 30 anos de atuação no grupo Volvo.

Com uma participação de 38% nas entregas da Volvo, a VFS experimentou um aumento de 37% nos financiamentos, tendo inclusive um crescimento nas operações voltadas para peças e serviços. Mais uma vez houve recorde na comercialização de seguros, com R$ 152 milhões em prêmios. Outro destaque foi a criação da Locadora Volvo, que firmou contratos de 200 veículos logo nos primeiros meses de operação. “Somos a divisão de serviços financeiros da marca e estamos sempre oferecendo novas soluções completas e flexíveis que atendam às demandas do mercado”, declarou Carlos Ribeiro, presidente da VFS América do Sul.

Desempenho mundial-

No mundo, o grupo Volvo apresentou resultados recordes em todas as regiões, com vendas de 473,5 bilhões de coroas suecas, ante os 372,2 bilhões de coroas suecas alcançados em 2021. “Foi um crescimento expressivo em relação ao ano anterior de 100 bilhões de coroas suecas a mais, apesar de todos os desafios na cadeia de suprimentos”, destacou Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina.

Mesmo com o bom desempenho alcançado no Brasil em 2022, Lirmann prevê que 2023 será um ano desafios e projeta para o mercado de caminhões acima de 16 toneladas cerca de 75 mil unidades no Brasil. “O acentuado aumento de custos decorrente da nova tecnologia Euro 6 e o impacto disso para o transportador é um dos fatores que farão diferença nas entregas desse ano. Além disso, pesam também as condições econômicas adversas, notadamente os juros altos”, destacou o presidente.

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