Sonia Moraes
A indústria de autopeças encerrou 2022 com déficit US$ 11,3 bilhões, um valor 7,5% superior aos 10,4 bilhões registrados em 2021. Esse resultado é decorrente da menor velocidade das exportações, que alcançaram no ano passado US$ 8,3 bilhões. Mesmo com crescimento de 26,5% sobre 2021 (US$ 6,6 bilhões), devido à abertura gradual das economias no pós-pandemia e a diversificação dos mercados-alvo, o volume ficou abaixo das importações, que atingiram US$ 19,6 bilhões, 14,8% acima dos US$ 17,1 bilhões registrados em 2021. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Dos US$ 8,3 bilhões de componentes exportados em 2022 para 213 mercados, a Argentina se destacou e mesmo por razões negativas (aquisição de ativos para proteção do patrimônio, devido à inflação de quase 100% no ano passado) obteve 35,5% de participação no total das exportações do setor, com US$ 2,9 bilhões, 51,3% a mais que em 2021.
O segundo maior mercado de exportações ficou com os Estados Unidos, que tiveram 16,4% de participação, alcançando US$ 1,3 bilhão, um resultado 14,1% superior a 2021. O México teve 9,2% de representatividade, com US$ 762,7 milhões, superando em 8,1% o ano anterior. A Alemanha aparece em quarto lugar no ranking com US$ 579,6 milhões, 21% acima de 2021, e 7% de participação.
Nas importações de US$ 19,6 bilhões de componentes de 196 mercados realizadas em 2022, a China liderou com US$ 3,2 bilhões, 16,2% a mais que em 2021 e teve 16,3% de participação; seguida pelos Estados Unidos, com US$ 2,4 bilhões, aumento de 23,9% sobre o ano anterior e 12,4% de participação.
A Alemanha alcançou 9,9% de representatividade, com o total de US$ 1,9 bilhão, 7,7% a mais que em 2021. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, obteve 8,6% de participação, com US$ 1,6 bilhão, 10,6% a mais que em 2021.