O porto de Suape, localizado no litoral sul de Pernambuco, inicia 2023 com otimismo e espera um crescimento de 8% na movimentação de cargas até dezembro deste ano. Diversos fatores explicam as boas perspectivas: modernização da infraestrutura portuária e do complexo, localização estratégica que o torna o principal entreposto do Norte e Nordeste; e aumento da diversificação das operações de cargas. Investimentos em inovação e a atualização do Plano Diretor 2030 também contribuem para a consolidação da posição de destaque do porto.
Em 2022, a movimentação de cargas cresceu 12% em relação a 2021, totalizando 24,7 milhões de toneladas. Desse total, 72,1% (17.839.551 toneladas) representaram granéis líquidos (derivados de petróleo); 22,8% (5.625.728 toneladas), cargas conteinerizadas; 2,7% (669.330 toneladas), granéis sólidos; e 2,4% (591.741 toneladas) carga geral solta. Entre as principais cargas movimentadas pelo porto estão combustíveis minerais, óleos minerais, produtos químicos e orgânicos, e cereais.
Essa foi a segunda maior movimentação do porto desde a sua fundação, em 1978. O recorde histórico ocorreu em 2020, ano em que Suape movimentou 25,7 milhões de toneladas, também com ênfase para os granéis líquidos. O número de atracações aumentou em relação a 2021, somando 1.506 (acréscimo de 3,8%).
“O crescimento de Suape está atrelado não só a posição estratégica do porto-indústria na região e no país, mas aos futuros investimentos a serem consolidados, a exemplo da instalação de usinas de produção de hidrogênio verde, o combustível do futuro; da chegada de um novo terminal de contêineres (APM Terminals, do Grupo Maersk) e do programa de inovação que o porto vem desenvolvendo com o Cesar (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, localizado no Porto Digital), o que proporcionará mais agilidade e eficiência nas atividades portuárias”, explica o diretor-presidente do Complexo de Suape, Francisco Martins.
Líder nacional na movimentação de granéis líquidos, superando o maior atracadouro do país (Santos), Suape também é o primeiro no transporte de cabotagem (navegação entre portos do Brasil). O total movimentado neste fluxo de navegação foi de 16,4 milhões de toneladas, ou seja, 28% a mais do que em 2021. O número de importação segue igual ao resultado do período anterior, totalizando 5,6 milhões de toneladas. Já o segmento de exportação cresceu 6%, totalizando 2,6 milhões de toneladas.