A Yara, empresa especializada em em nutrição de plantas, acaba de concluir o primeiro transporte de fertilizante com um caminhão movido a gás natural veicular (GNV), que viabilizou uma redução de 10% na emissão de GEE (gases de efeito estufa) do frete.
O primeiro carregamento-teste neste modelo aconteceu em novembro, com 32 toneladas de fertilizante a granel saindo do complexo industrial da Yara, localizado em Cubatão (SP), com destino a Sumaré (SP), em um trajeto de 200 km. O percurso realizado com veículo de carga pesada, movido a gás natural, deixou de emitir, aproximadamente, 20kg de CO², o equivalente a uma redução de 10% na emissão de gases, quando comparado a mesma rota feita com caminhão tradicional, movido a diesel.
A operação foi feita em parceria com a empresa Itaobi Transportes/Morada Logística, que tem capacidade para realizar dois carregamentos de insumo por semana com o caminhão a gás natural. Neste ritmo, em um ano, a Yara estima uma redução equivalente a duas toneladas de CO² na atmosfera, mas já trabalha para expandir a utilização deste tipo de veículo em volume de fretes e para viabilizar o transporte também em outras rotas.
De acordo com o diretor de logística da Yara Brasil, Alberto Rodrigues, trajetos mais longos ainda apresentam desafios, especialmente em relação à autonomia dos veículos. Um deles é a dificuldade em encontrar postos de combustíveis com GNV para abastecimento de veículos pesados.
“Seguimos estudando a expansão do transporte de fertilizantes com esse tipo de caminhão em todas as nossas unidades, com o propósito de reduzir gradativamente o impacto ambiental que envolve a nossa operação. Ficamos muito satisfeitos em acompanhar o resultado deste processo, que teve total comprometimento da equipe e parceiros para a promoção de um transporte inédito, seguro e sustentável, com potencial de gerar impactos positivos para todo o segmento de fertilizantes”, diz Rodrigues.
Logística sustentável–
Neste ano, a Yara realizou o primeiro envio de fertilizantes a granel via cabotagem do país, ao transportar, a partir do seu píer próprio em Rio Grande (RS), 15 mil toneladas da linha de fertilizantes especiais YaraBasa, composta por NP e NPK, para sua unidade misturadora de São Luís (MA), atendendo assim aos agricultores da região do Matopiba, sobretudo da cultura de soja.
Segundo a empresa, o transporte do fertilizante via cabotagem além de ser uma operação mais vantajosa operacionalmente, rápida e segura, também é sustentável. Uma carga de 15 mil toneladas, por exemplo, partindo de Rio Grande para São Luís, precisaria de 405 caminhões para realizar o trajeto de mais de três mil km via rodovias, o que passa a ser feito em aproximadamente sete dias por mar, com apenas um navio.