Márcia Pinna Raspanti
Após o anúncio do resultado das eleições para a presidência da República em segundo turno, grupos de caminhoneiros iniciaram bloqueios em diversos pontos do país. Segundo balanço parcial da PRF, houve bloqueios em pelo menos 20 estados.
As entidades ligadas aos transporte de carga se mostram contra essas ações. “A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que congrega as empresas de transporte rodoviário de cargas vem a público dizer que não apoia o movimento de caminhoneiros autônomos de paralisação e bloqueio de rodovias em diversos estados do país”.
A associação reitera que as empresas representadas pela NTC&Logística seguem exercendo suas atividades. E declara ser veementemente contrária ao “movimento grevista, de natureza política, que fere o direito de ir e vir de todos os cidadãos, criando obstáculos à circulação de veículos que prestam serviços essenciais ao abastecimento da população.”
Assinada por Franciso Pelucio, presidente da NTC&Logística, nota oficial diz esperar que “o bom senso prevaleça e o interesse maior de todo o povo brasileiro e de todos os agentes econômicos e produtivos, a imediata da normalidade das atividades econômicas.”
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, também divulgou um comunicado oficial em que “se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção. A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas.”
“Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis”, avalia a CNT, que espera que as autoridades garantam a volta à normalidade.
A Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e Cargas (Conftac) também se manifestou por meio de nota oficial: “somos contrários aos bloqueios de rodovias e qualquer ato que prejudique a sociedade. Nossos cumprimentos aos deputados, senadores, governadores e presidente da República eleitos.”
Segundo a Agência Brasil, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão proferida na noite de ontem (31/10), pelo ministro Alexandre de Moraes, determinando a liberação de rodovias federais bloqueadas após o resultado das eleições ocorridas no domingo.