A Cummins exibe na Fenatran 2022 o motor B6.7 com pós-tratamento single module como parte integrante de uma plataforma completa de motores eletrônicos Euro 6 (3.8, 4.5, 6.7, 9, 12 e 15 litros) e os sistemas para redução de emissões de escape single e U module, para caminhões de alta potência (acima de 8.9 litros).
Projetadas pela Cummins Emission Solutions (CES), as tecnologias de exaustão estão 60% menores e 40% mais leves quando comparadas aos sistemas que atendem ao mesmo nível de emissões. Os investimentos da Cummins no projeto Conama P8 (Euro 6) no país já somam R$ 170 milhões. Segundo a empresa, com as grandes transformações tecnológicas para atender às novas normas houve uma redução de cerca de 77% de NOx e de aproximadamente 66% de material particulado (do Euro 5 para Euro 6).
Outro motor é o L9 com TWC, que faz parte da linha completa de motores Euro 6 a gás (6.7, 9 e 15 litros), disponível no Brasil e que opera com GNV e biometano. Os motores a gás da Cummins proporcionam redução de cerca de 80% na emissão de partículas, 90% de óxidos de nitrogênio (NOx) e 70% de emissão dos gases de efeito estufa comparado aos modelos a Diesel Euro 6.
O L9 será apresentado com o sistema de pós-tratamento dedicado denominado Three Way Catalyst (TWC). Projetado pela CES, o dispositivo está disponível em duas configurações – horizontal e vertical – para melhor adequação aos projetos dos clientes. O conjunto catalisador TWC é um sistema mais compacto, com menos itens como bomba, tanque, injetor de Arla, linhas de Arla e de coolant, já que não requer o uso deste agente de ureia.
Os eixos elétricos Cummins Meritor 14Xe e 17Xe integram o portfólio de soluções de descarbonização da líder em tecnologia e estão confirmadas nesta Fenatran 2022. Apresentado pela primeira vez no país, o conceito do eixo elétrico 17Xe foi projetado para todas as configurações dos caminhões pesados e traz capacidade para suportar 44 toneladas de peso bruto combinado na versão solo, de acordo com a aplicação. Em fase de testes, o novo 17Xe oferece design que facilita o processo de integração com o veículo, e é capaz de proporcionar alta densidade de energia, de até 430 kW de potência contínua. Seu início de fabricação está previsto para 2025, em Lindesberg, na Suécia.
Produzido desde o início do ano em Asheville, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, o 14Xe foi desenvolvido para equipar caminhões entre 12 e 24 toneladas de Peso Bruto Total (PBT). Segundo a empresa, o design do eixo elétrico 14Xe garante eficiência, desempenho e economia de peso. Derivado do eixo 14X, o e-Powertrain mantém a mesma interface de suspensão e contempla versões de hardware para facilitar a integração veicular, de acordo com a estratégia dos OEM.
Na Fenatran 2022, a Cummins faz a estreia do conceito do motor X15H movido a hidrogênio para caminhões de longa distância de até 44 toneladas, com potência máxima de 530 hp (395 kW) e torque de 2.600 Nm. A empresa estima que um caminhão pesado, com um sistema de armazenamento de combustível de hidrogênio de alta capacidade e alimentado pelo X15H, ofereça um alcance operacional potencial de mais de 1 mil km. De acordo com as previsões da empresa, o motor a combustão interna a hidrogênio deve chegar no mercado global em 2026.
A nova geração do X15H é derivada da plataforma agnóstica de combustível, pioneirismo Cummins, que oferece benefício de uma arquitetura de base comum e capacidade de combustível de baixo a zero carbono. O fuel-agnostic para a transição energética, em fase de desenvolvimento pela Unidade de Negócios de Motores da Cummins, prevê a fabricação do motor 6.7 para diesel, gás, hidrogênio, propano e gasolina e os motores de dez e 15 litros projetados para diesel e gás e hidrogênio.
“Nossa previsão é que esta inovação da Cummins protagonize de forma inteligente, pois foi desenvolvida para substituir um motor diesel, mantendo o mesmo powertrain, utilizando ainda tecnologias com as quais OEMs, gerentes de frota e operadores estão familiarizados”, afirma Adriano Rishi, presidente da Cummins Brasil.
Para reduzir as emissões dos motores de combustão interna e criar novos produtos de emissão zero, a Cummins investe anualmente cerca de US$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias futuras.
“Investimos em ampla gama de tecnologias para alimentar a descarbonização da indústria. Essa não é apenas a abordagem certa para nossos negócios, mas é fundamental para nosso planeta e para as gerações futuras que enfrentam desafios à medida que reconhecemos as realidades das mudanças climáticas. Vale salientar que o ritmo em direção ao Destino Zero será diferente nas diversas aplicações e regiões do mundo e os fatores determinantes deste processo de transição incluem descarbonização da fonte de energia e investimento em infraestrutura, desenvolvimento tecnológico de produtos, avanços regulatórios e necessidades e aceitação dos clientes”, informa o presidente da Cummins Brasil.