Sonia Moraes
Em recente viagem ao Japão com representantes do governo federal para negociar a compra da Unitec, fábrica que fica em Ribeirão das Neves, próximo ao aeroporto de Confins, em Minas Gerais, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, entrou em contato com duas empresas, uma delas é a Renesas Technology Corporation, um dos grandes players mundiais de semicondutores sediada em Tóquio, que tem grande participação no setor automotivo.
“Tivemos uma reunião com o ministro da economia e desenvolvimento da indústria japonesa e falamos que a fábrica de Minas Gerais tem infraestrutura e poderá agilizar a produção de semicondutores no Brasil”, disse Leite. Além do Japão, os executivos brasileiros se reuniram com o governo e representantes da indústria de Taiwan, que é um grande mercado de semicondutores.
Segundo o presidente da Anfavea, o setor automotivo representa de 10% a 12% do consumo mundial de semicondutores, e o Brasil representa 2,5% do mercado de semicondutores no mundo. “Isso é uma participação expressiva. Além disso, o Brasil importa cerca de US$ 12 a US$ 13 bilhões em semicondutores, seja importação direta ou indireta. Desse total, US$ 1,5 bilhão somente para o setor automotivo.
O presidente da Anfavea informou que o governo federal vai publicar uma medida provisória para viabilizar o projeto, com incentivos fiscais, isenções tributárias, simplificação no sistema de importação de alguns insumos para os investimentos.