A Natura já está utilizando nas suas operações logísticas em São Paulo os primeiros seis caminhões Scania movidos a gás natural. Os veículos, que fazem o transporte de produtos acabados da marca, também estão habilitados para rodar com biometano, um biocombustível gerado a partir de resíduos orgânicos e que reduz ainda mais o impacto dessa atividade no meio ambiente. A iniciativa conta com a parceria da Coopercarga, transportadora que presta serviços à empresa.
A projeção da empresa é de emitir 16% menos poluentes em relação à frota movida a diesel. Com o uso do biometano, que pode ser viabilizado até o primeiro semestre de 2023, o potencial de redução de emissões chega a 82%, à medida que a oferta do biocombustível se amplie no país. Como resultado imediato dessa transformação logística, mais de 98 toneladas de gases do efeito estufa deixarão de ser lançadas na atmosfera a cada ano.
“A implantação da frota de carretas movidas a combustíveis menos poluentes significa um grande ganho ambiental na cadeia de transportes da Natura. É mais um passo da companhia no combate às mudanças climáticas, e em direção a gerar impacto positivo em todas as etapas do negócio”, afirma Josie Peressinoto Romero, vice-presidente de operações, logística e suprimentos de América Latina de Natura &Co.
Os veículos serão conduzidos por motoristas mulheres. Em um ano, serão realizadas 12 mil viagens, percorrendo 640 mil quilômetros. A princípio, as carretas circularão em duas rotas, que compreendem os municípios de São Paulo, Cajamar e Itupeva, sedes de unidades fabris e de centros de distribuição da Natura. Tendo como trajeto as principais rodovias do estado, como Bandeirantes, Anhanguera e Dom Gabriel, as carretas levarão estampadas em seus baús a mensagem da Jornada de Impacto Positivo, iniciativa que representa a ambição da Natura em ser net zero (zerar emissões líquidas) até 2030.
O projeto de descarbonização da operação logística da Natura está alinhado ao Compromisso com a Vida, Visão de Sustentabilidade do grupo Natura &Co, que também inclui Avon, The Body Shop e Aesop. As metas estabelecem ações para enfrentar algumas das questões globais mais urgentes, incluindo a crise climática e a proteção da Amazônia, a defesa dos direitos humanos, a garantia de equidade e inclusão em toda a rede do grupo e a adoção da circularidade e da regeneração até 2030.
Para zerar emissões líquidas de carbono até o prazo estipulado, a empresa atua em linha com metas baseadas na ciência, rastreando as emissões em toda a cadeia de valor e fornecedores, desde a extração de matérias-primas até o descarte de embalagens, além de aplicar o Protocolo de Nagoya e pagamentos de repartição de benefícios para evitar a perda de biodiversidade. O grupo também aderiu ao “Race to Zero”, campanha mundial que tem objetivo zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, em linha com o Acordo do Clima de Paris.
A empresa, que já é carbono neutro desde 2007, já compensou a emissão de mais de quatro milhões de toneladas de gases do efeito estufa através de 43 projetos do tipo, sendo 36 no Brasil e sete nos demais países — Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.