Porto Ponta do Félix cresce com serviços customizados

Os alimentos que antes eram transportados em contêineres, hoje são enviados em navios de Break Bulk, como carga geral

No porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, no Paraná, os alimentos que antes eram transportados em contêineres, hoje são enviados em navios de Break Bulk, como carga geral. No início do mês de agosto, foram enviadas 11.747 toneladas destes produtos para o exterior. Em setembro, outras 11 mil toneladas serão embarcadas novamente para a Venezuela.

A carga inclui desde açúcar, trigo, arroz, feijão, creme vegetal, macarrão, fubá e outros. Para o transporte, os alimentos são colocados em sacarias, que variam de 1 Kg a 15 Kg. Na sequência, estas embalagens são acondicionadas em big bags.

Segundo o Porto da Ponta do Félix (TPPF), empresa operadora do porto de Antonina, são mais de dez mil toneladas de alimentos produzidos nas indústrias dos estados do Paraná, São Paulo e Goiás, que têm como destino o porto de La Guaira, na Venezuela.

“Estamos investindo cada vez mais na customização do serviço, para atender a demanda dos clientes e conforme o exportador ganha novos mercados, aumenta também a diversidade dos itens movimentados”, afirma o presidente do porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan.

Segundo ele, o transporte de alimentos é uma carga muito complexa à medida que tem pesos, tamanhos e dimensões diferentes. “Nós recebemos os produtos soltos. Os alimentos vêm em embalagens originais e o nosso pessoal faz o acondicionamento dentro dos big bags”, explica Birkhan.

O presidente do porto Ponta do Félix diz que o big bag se mostra como uma opção mais econômica e apresenta diversos benefícios no processo de logística. O big bag feito por compostos de alta resistência e tem o formato semelhante a uma grande sacola, que pode acondicionar até 2.000 kg de carga. “Esta embalagem tem boa aplicação para produtos a granel ou embalados em sacos, mantendo-os melhor acomodados e protegidos”, conclui.

Armazéns alfandegados

Até o momento do embarque, os produtos ficam armazenados pelo período de 30 a 40 dias, dentro do próprio porto, o que representa diminuição de custo para o exportador. Os insumos são acondicionados seguindo as características de cada item e são controlados por lote e por fabricante. O cliente ainda envia um plano de carga. Neste documento, há a indicação de quais são as cargas que vão em cada porão do navio e a ordem de embarque. O processo garante a qualidade do produto no destino final e também facilita o processo de descarga.

Por navio, são transportadas em média dez mil toneladas de alimentos. A operação conta com a gestão direta do line up de navios, o que permite a previsibilidade de atracação e, consequentemente, melhor planejamento de toda a cadeia logística.

“Este mesmo cliente tem projeto de expansão para outros continentes, para converter cargas em contêiner para carga geral. Estamos há um ano fazendo a operação. Renovamos o contrato recentemente por mais dois anos. Isso demonstra o sucesso da operação”, finaliza Birkhan.
 

O porto deve ter 30% de aumento na movimentação de cargas em 2022. Birkhan, considera que o avanço dos últimos anos também se deve ao fato do porto de Antonina ser multipropósito. “Reencontramos a nossa vocação de trabalhar com cargas especializadas, fazendo operações complementares ao porto de Paranaguá. O Ponta do Félix é um porto multipropósito, que atua com cargas diversas e especiais”, destaca.
 

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