TCU aprova renovação antecipada da malha sudeste administrada pela MRS

As obras previstas na renovação da concessão representam investimentos de quase R$ 10 bilhões e permitirão que a empresa possa dobrar o transporte de carga geral, multiplicando por sete o volume de contêineres transportados

A MRS Logística, operadora de trens de carga responsável por cerca de 20% das exportações brasileiras, firmou parceria com a SD Brasil para a implementação de conectividade via satélite Iridium Certus™ em sua malha ferroviária

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a renovação antecipada da malha sudeste, administrada pela concessionária MRS Logística. A renovação da concessão representará, ao todo, R$ 9,6 bilhões em investimentos estruturantes ao longo dos próximos anos. Esse valor é composto pela outorga da nova concessão, que será convertida em investimentos (R$ 4,2 bilhões) somado a mais R$ 5,4 bilhões a serem investidos na ampliação de capacidade para atendimento ao crescimento de demanda previsto e aos novos parâmetros de desempenho.  

“Estamos muito felizes com mais esta aprovação do nosso plano. É um momento histórico para a MRS e para a logística nacional. As equipes da empresa se dedicaram e vem se preparando, há muito tempo, para este momento. Construímos um robusto plano de investimentos, que vai contribuir de forma decisiva para a ampliação da participação da ferrovia na matriz logística brasileira.

“A MRS já é uma das ferrovias com maior produtividade e eficiência do mundo. Com os investimentos previstos na nossa renovação vamos elevar ainda mais o nível da nossa excelência, entregando logística de 1º mundo para os nossos clientes e, por consequência, reduzindo o custo Brasil e garantindo toda a capacidade ferroviária necessária aos portos que acessamos”, afirma Guilherme Segalla de Mello, presidente da MRS Logística. 

A renovação da MRS significará diversificação ainda maior das cargas transportadas pelo modal ferroviário. Com a criação de quatro novos polos intermodais que interligarão a região Sudeste, via ferrovia (Mooca, Lapa, Queimados e Igarapé), a empresa pretende duplicar o volume de carga geral (produtos industrializados, construção civil, siderúrgicos, agrícolas, entre outros) e multiplicar por sete vezes o volume transportado em contêineres. Se somarmos os investimentos obrigatórios com a renovação e os demais correntes da companhia para os próximos anos, até 2056, estima-se que a MRS realizará R$ 31 bilhões em investimentos. 

Os investimentos da MRS na Baixada Santista, promovidos desde o início das atividades da empresa, já permitiram o aumento, em mais de 10 vezes, do volume transportado pelo modal ferroviário até o maior porto da América Latina. Em 1997, foram cinco milhões de toneladas transportadas, ao passo que, em 2021, este montante chegou a 51 milhões de toneladas. 

O próximo ciclo de investimentos, garantido com a renovação da concessão da MRS, vai permitir mais do que dobrar este volume, com estimativa de chegar a 109 milhões de toneladas em 2056. Com a renovação da concessão da MRS, mais de R$ 1 bilhão serão investidos em obras para garantir capacidade e atender ao aumento do volume esperado nos acessos ferroviários ao porto de Santos.

Em seu plano de investimentos, a MRS considerou a estimativa de aumento do volume das demais concessionárias do setor e, com base nesses dados fornecidos pela ANTT, desenhou todas as soluções necessárias para garantir o melhor fluxo ferroviário no acesso ao cais santista. Todos os investimentos previstos garantirão a capacidade necessária para atender o crescimento dos volumes futuros tanto da MRS, quanto das demais ferrovias. 

A MRS informa que a modelagem das renovações das concessões ferroviárias permite que o valor da outorga possa ser investido diretamente em projetos e iniciativas aprovadas como políticas públicas para a infraestrutura do país. Dessa forma, obras essenciais como a segregação entre linhas para trens de carga e de passageiros na região metropolitana de São Paulo, a interligação da região Sudeste pela construção de quatro novos polos intermodais, além de várias obras para a mitigação de conflitos urbanos entre a ferrovia e os principais centros urbanos serão executados pela própria MRS. 

O plano de investimentos da MRS foi construído em conjunto com o Ministério de Infraestrutura e a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e é baseado em três pilares: expansão de capacidade e atendimento aos parâmetros de desempenho, investimentos estruturantes de interesse público e obras para minimizar os conflitos urbanos.

A renovação antecipada da concessão da MRS tem como principal premissa a ampliação da carga geral transportada pela ferrovia. Com a renovação da concessão, a MRS deve duplicar o volume de carga geral transportada em sua malha, contribuindo para que o modal ferroviário saia dos atuais 15% para cerca de 40% ao longo dos próximos anos. 

Principais projetos –

Com a renovação antecipada de sua concessão, a MRS prevê uma série de iniciativas.

Segregação das linhas para trens de carga e passageiros na Região Metropolitana de São Paulo, ampliando a capacidade de ambos os sistemas. Isto também garantirá faixa de domínio para a construção do trem intercidades, projeto capitaneado pelo governo do estado de São Paulo em parceria com o Ministério de Infraestrutura. 

Construção de quatro polos intermodais integradores da região Sudeste. Os polos serão na cidade de São Paulo (Mooca e Lapa), Igarapé (MG) e Queimados (RJ). Ampliar em mais de 100% a capacidade dos acessos ferroviários ao porto de Santos (margem direita e esquerda), garantindo capacidade não só para os trens MRS, mas também para outras ferrovias que acessam o cais santista.

Também estão previstos: ampliação dos acessos ferroviários ao porto do Rio de Janeiro; investimentos em viadutos, passarelas, vedações (muros de segurança), passagens em nível, direcionadores de fluxo e soluções extraordinárias para melhorar a segurança e reduzir as interferências entre a cidade e a ferrovia nas comunidades; aquisição de novas locomotivas e vagões para atender ao aumento da demanda; compra de equipamentos para a manutenção da via férrea e ampliação de pátios ferroviários nos três estados onde a MRS atua.

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