A Mercedes-Benz projeta vender 350 Axor 3131 com direção autônoma em 2022, chegando a um volume acumulado de 580 unidades em operação no Brasil. “Isso significa a maior frota de máquinas inteligentes atuando no setor sucroenergético”, afirma Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
No primeiro trimestre deste ano, foram comercializados 139 Axor 3131 com direção autônoma, solução desenvolvida por meio de parceria da Mercedes-Benz do Brasil e a Grunner, o que significa 558% de crescimento em relação às 36 unidades do ano anterior.
“Em 2019, primeiro ano de comercialização do Axor 3131 com direção autônoma, entregamos 17 veículos para a Grunner. Em 2020, foram mais 36, saltando para 237 unidades em 2021. Agora, nos primeiros três meses de 2022, chegamos a 139. Ou seja, já são 429 Axor 3131 entregues para Grunner e, desse total, 377 já estão em operação na colheita da cana no Brasil e em outras atividades”, diz Leoncini. “Atuando juntamente com as colhedoras de cana, o Axor 3131 agiliza a operação e aumenta a produtividade no abastecimento das usinas de açúcar e etanol.”
Leoncini destaca que foi na Agrishow, o maior evento do agronegócio na América Latina, há cinco anos, que a Mercedes-Benz começou a trocar ideias com a Grunner, sobre essa máquina inteligente de direção autônoma.
“Em comparação com os tratores, o uso do Axor 3131 com direção autônoma na colheita de cana assegura 40% de redução no consumo de combustível, 40% a menos no consumo de lubrificantes e 30% a menos no custo de reparo e manutenção”, ressalta Denis Arroyo, CEO da Grunner. “Além disso, Axor 3131 tem uma velocidade de deslocamento 50% maior, além de maior velocidade média de operação, menor tempo e maior agilidade nas manobras, mais conforto para o motorista, mais eficiência em estradas irregulares, com maior estabilidade e menor impacto ambiental pelo menor consumo de combustível”.
Leoncini afirma que o Axor 3131 com direção autônoma é a união perfeita do conhecimento agrícola da Grunner com a expertise da Mercedes-Benz em caminhões fora de estrada. “Em conjunto, desenvolvemos um produto de excelente desempenho, economia e produtividade no transbordo de cana picada e em outras aplicações. A tecnologia da Grunner é aplicada com exclusividade nos caminhões da nossa marca, que atendem às demandas do nosso parceiro e dos clientes. Isso reforça ainda mais o nosso compromisso com a criação de soluções com foco no ecossistema de transporte.”
Oferecido nas versões 8×4 e 6×4, com várias capacidades de carga, o extrapesado Axor 3131 é o primeiro Mercedes-Benz com direção autônoma a ser utilizado numa operação diária regular no Brasil. Lançado há pouco mais de três anos, esse modelo fora de estrada opera 24 horas por dia na colheita da cana-de-açúcar.
O Axor 3131 com direção autônoma para transbordo de cana tem capacidade para até 20 toneladas de cana picada. Segundo a Mercedes-Benz, esse modelo se destaca pela tecnologia e conectividade. A direção autônoma é controlada por um sistema que inclui piloto automático, GPS e georreferenciamento, sendo utilizada exclusivamente nos trechos mapeados da fazenda onde acontece a colheita.
O Axor 3131 atua lado a lado com as colhedoras de cana, também de condução autônoma, que fazem a colheita e o corte, lançando a cana picada diretamente na carroçaria. A velocidade média dos veículos gira em torno de 2 km/h na área da colheita.
Quando termina o carregamento, o motorista assume o controle do Axor para fazer o transbordo aos treminhões dentro da fazenda, ou seja, o descarregamento da carga nas carretas de maior capacidade, que completam o ciclo de transporte levando a cana para as usinas de açúcar e etanol.
De acordo com informações do fabricante, com a alta precisão de centímetros do georreferenciamento, o Axor 3131 só circula por onde o sistema indica, aumentando assim a produtividade da operação. Com uma bitola maior, de até três metros, ele opera sem pisar nas linhas de plantio, preservando os brotos das futuras plantas. Essa solução atende aos principais tipos de espaçamentos de plantio na colheita da cana no Brasil.