As montadoras produziram em março 2.421 chassis de ônibus, 23,8% a mais que em fevereiro (1.956 veículos), apesar das dificuldades com a falta de semicondutores e outros insumos. “Esse total ainda tem a influência do programa Caminho da Escola da última venda da licitação de sete mil veículos iniciada em dezembro do ano passado com poucas unidades, mas a produção vai ocorrer neste ano”, afirma Marco Saltini, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que destaca o resultado como o melhor desde 2020 e o melhor março desde 2018.
No acumulado de janeiro a março foram produzidos 5.702 ônibus – 4.891 modelos urbanos e 811 rodoviários –, 10,2% superiores aos 5.176 veículos fabricados de janeiro a março de 2021. “Mesmo com todas as dificuldades e o nível de produção não ser o desejado, o setor vem tentando recuperar aos poucos o mercado”, observa Saltini.
As vendas de ônibus atingiram em março 1.362 unidades, 47,9% acima de fevereiro (921 unidades). “É uma diferença grande em percentual e os números são cerca de 500 menores, o que mostra que ainda é um segmento muito difícil e tenta se recuperar”, acrescenta Saltini.
Do total de ônibus vendidos em março 37% são modelos urbanos, 25% são miniônibus e micro-ônibus, 23% escolares, 12% rodoviários, 2% de fretamento e 1% articulados. “Apesar de o setor de ônibus ainda ser o mais afetado pela pandemia, os números mostram alguma movimentação, o que é importante para o mercado”, diz Saltini.
No primeiro trimestre foram emplacados 3.322 veículos, 0,3% a menos que no mesmo período de 2021, praticamente o mesmo volume registrado nos três primeiros meses do ano passado que atingiu 3.331 unidades. Saltini considera março o melhor mês para o mercado de ônibus desde 2019 e o pior trimestre desde 2018.
As exportações de 398 ônibus em março foram 75,3% superiores a fevereiro (227 veículos) e no acumulado de janeiro a março os 970 ônibus embarcados representaram crescimento de 14,8% sobre o primeiro trimestre de 2021.
Do total de ônibus exportados de janeiro a março deste ano 516 veículos são modelos urbanos, 7,2% a menos que no mesmo período de 2021, e 454 são rodoviários, 57,1% a mais que no primeiro trimestre do ano passado.
As montadoras exportaram 656 ônibus em CKD (veículos completamente desmontados) de janeiro a março deste ano, 73,2% acima dos 379 veículos exportados no primeiro trimestre de 2021.
No ranking do primeiro trimestre de 2022 a liderança ficou com a Mercedes-Benz, com a venda de 1.621 ônibus, 44,5% a mais que no acumulado de janeiro a março de 2021 (1.122 veículos). O segundo lugar ficou com a Volkswagen Caminhões e Ônibus, que vendeu 794 veículos, 32,9% a menos que no mesmo período do ano anterior (1.184 unidades), e o terceiro com a Agrale, que comercializou 720 veículos, 29% superiores aos três primeiros meses de 2021 (558 unidades).
A seguir está posicionada a Volvo que vendeu 106 ônibus até março, 62% abaixo do primeiro trimestre do ano passado (113 veículos), a Iveco com 35 ônibus vendidos, 89,5% inferiores ao mesmo período de 2021 (333 veículos) e a Scania com 19 veículos comercializados no país, aumento de 43,8% sobre janeiro a março do ano passado (16 veículos).