A Alstom ganhou um contrato de 355 milhões de euros para fornecer 37 trens Metropolis, o seu sistema de sinalização Urbalis CBTC e manutenção durante 20 anos para o metrô de Santiago, no Chile. Os novos trens, combinados com o sistema de sinalização CBTC, ajudarão a otimizar a capacidade, o desempenho e a eficiência da nova Linha 7 do metrô de Santiago, que está prevista para ser inaugurada até o final de 2027. O valor do contrato é de 355 milhões de euros (R$ 1,966 nilhão)
“Esse contrato é a validação das inovações e tecnologias avançadas de mobilidade inteligente e sustentável da Alstom. Nosso sistema de trens e de sinalização não só vai melhorar a qualidade da mobilidade e do transporte no Chile, garantindo um transporte confiável, seguro e acessível, mas também fornecerá à cidade de Santiago uma alternativa eficiente e ambientalmente amigável de transporte terrestre para milhões de passageiros”, diz Denis Girault, diretor administrativo da Alstom no Chile.
A Alstom vai produzir os novos trens em sua fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, com os primeiros carros previstos para serem entregues em 2025.
Cada um dos 37 trens Metropolis automáticos de 102 metros de comprimento que a Alstom entregará ao metrô de Santiago terá capacidade para transportar até 1.250 pessoas e proporcionar uma melhor experiência aos passageiros. Os carros terão quatro portas largas de cada lado para facilitar a entrada e saída dos usuários, corredores largos e passarelas abertas entre os carros para garantir a circulação dos passageiros dentro e entre os carros.
Os trens de Santiago também contarão com ar-condicionado, um sistema avançado de informações para passageiros com informações de rota e estação. Em relação às funções de segurança, a rede terá câmeras externas de alta resolução e interfones que mantêm a comunicação dos usuários com o centro de controle, melhorando a segurança dos passageiros e a infraestrutura.
A Alstom distribuirá seu sistema de sinalização Urbalis CBTC ao longo dos 26 quilômetros da nova linha. O Urbalis reduz o intervalo entre os trens, maximizando, assim, a capacidade do sistema, e ajuda a melhorar a eficiência energética das operações. A Alstom também integrará medidas avançadas de cibersegurança ferroviária para melhorar a proteção dos sistemas de controle de trens da Linha 7, tanto para os trens quanto para a sinalização.
A Linha 7 do metrô de Santiago, que está em construção, terá 26 quilômetros de extensão e 19 estações. As áreas pelas quais passará são sete: Renca, Cerro Navia, Quinta Normal, Santiago, Providencia, Vitacura e Las Condes; três deles são incorporados pela primeira vez à rede metroviária (Renca, Cerro Navia e Vitacura), beneficiando uma população estimada de 1 milhão e 365 mil habitantes.
Quando a Linha 7 estiver operacional, o tempo de viagem esperado entre as futuras estações é estimado em 37 minutos, o que significa uma redução de 54% no tempo de viagem em comparação com o que leva hoje por meio do sistema de ônibus (aproximadamente 80 minutos). O valor do investimento da Linha 7 é de US$ 2,52 bilhões.
Com mais de 30 anos de experiência na CBTC e mais de 160 linhas de metrô equipadas em mais de 25 países, a Alstom é conhecida como uma sólida liderança no mercado de transporte público. A sua linha de trens Metropolis, que tem flexibilidade que garante variedade de configurações, está em operação em todo o mundo há mais de 20 anos.
Contratações
A Alstom vai abrir mais de 750 postos de trabalho no Estado de São Paulo para seus negócios de material rodante. Desse total, cerca de 700 posições serão abertas para atuação na unidade industrial da empresa, localizada na cidade de Taubaté (SP). Para atender aos projetos, a empresa está investindo cerca de 14 milhões de euros (R$ 77,56 milhões) em modernizações e adaptações da sua fábrica, com o objetivo de iniciar a produção dos novos projetos a partir de 2022.
Além dos trens da Linha 7 do Metrô de Santiago, os novos projetos Alstom que serão produzidos na fábrica da empresa em Taubaté são: Linhas 8 e 9 da Via Mobilidade (fornecimento de 36 trens Metropolis, com oito carros cada); Linha Universidades 6-Laranja de São Paulo (fornecimento de 22 trens Metropolis, com seis carros cada); Linha 5, Metrô de Bucareste, na Romênia (fornecimento de 13 trens Metropolis, sendo 78 carros ao todo); Wanda ZS Line, metrô de Taipei, em Taiwan (fornecimento de 35 trens Metropolis, com quatro carros cada); e Segunda Fase da Linha 2 Circular de Taipei, em Taiwan (fornecimento de 29 trens Metropolis, com quatro carros cada).