No acumulado de janeiro a fevereiro de 2022, as vendas de caminhões totalizaram 16.648 unidades, crescimento de 8,7% sobre o mesmo período do ano passado quando foram comercializados 15.318 veículos no país. “Os veículos pesados continuam tendo grande representatividade nas vendas do setor com quase 50% de participação e se somar os pesados a semipesados a participação sobe para 75%”, destacou Gustavo Bonini, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Dos 16.648 caminhões vendidos no primeiro bimestre deste ano, 7.976 unidades são modelos pesados, que representaram um incremento de 9% em relação ao mesmo período de 2022. De semipesados foram 4.454 unidades, 8,8% a mais que janeiro e fevereiro do ano passado.
As vendas de caminhões médios aumentaram 23,8% com 1.625 veículos, a de leves cresceram 18% com 1.802 unidades, e a de semileves tiveram redução de 25,8%, somando 791 veículos.
Bonini comentou que, apesar de o percentual de queda de caminhões semileves ser significativo em unidades a diferença não é muito grande. “É importante observar um período maior porque ainda há um lote de veículos que está sendo comercializado”, esclareceu.
O mercado de caminhões registrou queda de 8,8% nas vendas em fevereiro, com 7.943 veículos emplacados, quando comparadas a janeiro deste ano, cujas vendas atingiram 8.705 unidades. Em relação a fevereiro do ano passado (7.781 veículos) houve aumento de 2,1%, segundo Anfavea.
Exportações-
Nas exportações o volume de fevereiro foi 23,2% superior a janeiro, com 1.455 veículos embarcados. Mas em relação a fevereiro do ano passado (1.958 unidades) as vendas externas tiveram queda de 25,7% e no acumulado de janeiro a fevereiro a redução foi de 20,8%, com 2.636 veículos exportados, ante 3.328 veículos vendidos ao exterior no primeiro bimestre de 2021.
Do total de caminhões exportados nos meses de janeiro e fevereiro, 1.172 unidades são de modelos pesados, 721 de semipesados, 519 de leves, 166 de semileves e 58 de médios.
Em CKD (veículos desmontados) as montadoras exportaram 547 caminhões de janeiro a fevereiro deste ano, 7,5% a mais que no mesmo período de 2021, cujos embarques totalizaram 509 veículos.
Bonini comentou que os principais mercados compradores de caminhões são a Argentina, Colômbia e África do Sul e que os embarques para a Rússia estão suspensos por tempo indeterminado. “A Anfavea não tem números consolidados de exportações para a Rússia e as empresas vão redirecionar os seus volumes para outros mercados.”
Produção-
A produção de caminhões atingiu 11.389 unidades em fevereiro, aumento de 20,4% sobre os 9.463 veículos fabricados em janeiro deste ano e retração de 3,5% sobre os 11.805 veículos feitos em fevereiro do ano passado.
No acumulado de janeiro e fevereiro, houve um crescimento de 1,2% com 20.852 veículos produzidos, ante 20.610 modelos fabricados no primeiro bimestre de 2021.
Do total de caminhões produzidos no período de janeiro e fevereiro deste ano, 9.267 unidades são modelos pesados, 6.314 semipesados, 4.164 leves, 864 médios e 240 semileves.
Ranking-
No ranking do setor a Volkswagen Caminhões e Ônibus ficou com a liderança, com 4.809 caminhões vendidos no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, 16,3% a mais que no mesmo período de 2021 (4.136 unidades), e o segundo lugar ficou com a Mercedes-Benz, que teve 4.070 veículos comercializados no país, queda de 15,6% sobre janeiro e fevereiro do ano passado (4.821 unidades).
A Volvo ficou em terceiro lugar com 3.217 veículos vendidos no primeiro bimestre deste ano, 34% acima do mesmo período de 2021 (2.400 unidades), e a Iveco em quarto com 1.646 veículos, 78,1% a mais que janeiro e fevereiro de 2021 (924 unidades).
A Scania, quinta colocada, vendeu 1.181 caminhões, 15,5%% inferior ao primeiro bimestre do ano passado (1.398 unidades), e a DAF, que está em sexto lugar, comercializou 855 caminhões, 33,6% a mais que janeiro e fevereiro de 2021 (640 unidades).