Peugeot e Citroën trazem ao Brasil os utilitários elétricos

Os furgões e-Expert da Peugeot e e-Jumpy da Citroën terão autonomia de 330 quilômetros com bateria de 75 kWh (quilowatt-hora) e serão vendidos por R$ 329.990

As fabricantes francesas Peugeot e Citroën, controladas pela Stellantis, lançam no mercado brasileiro os veículos comerciais elétricos destinados a empresas que buscam modelos menos poluentes para transportar suas mercadorias.

Os furgões elétricos e-Jumpy da Citroën e o e-Expert da Peugeot, que são produzidos na mesma plataforma modular multienergia EMP2, serão vendidos no Brasil por R$ 329.990. Os dois modelos têm três anos de garantia, sendo oito anos somente para a bateria ou 160 mil quilômetros.

Vanessa Castanho, head da Citroën para a América do Sul, afirmou que a Citroën tem uma forte estratégia global para a eletrificação e soluções de mobilidade. “No Brasil e na América do Sul não vai ser diferente, seja para veículos de passeio ou comerciais leves. Estamos trabalhando para trazer uma oferta maior de veículos e soluções de mobilidade eletrificada em diversos segmentos nos próximos anos.”

Felipe Daemon, head da marca Peugeot para a América Latina, destacou que a eletrificação já é uma realidade para a Peugeot. “Nosso primeiro movimento foi no fim de setembro, com o lançamento do modelo e208 GT e hoje a empresa vem cumprir a promessa feita há meses mostrando a consistência do nosso plano com um portfólio com ofertas de veículos de passeio e comerciais com o e-Expert.”

Para 2022, a Peugeot vai dar continuidade ao seu plano de eletrificação com novos produtos. “No primeiro semestre, além dos elétricos vamos ter novidades na linha de veículos comerciais”, antecipou Daemon.

Os novos furgões elétricos têm 1,94 metro de altura e 6,1 metros quadrados de volume de carga. A porta lateral possui abertura de 180 graus para facilitar a carga e descarga. Os veículos estão equipados com bateria de 75 kWh (quilowatt-hora), que gera 100 quilowatts de potência no motor elétrico, equivalente a 136 cv de potência, garantindo autonomia de 330 quilômetros. O próprio veículo alimenta a bateria pelo sistema de frenagem.

No interior os furgões contam têm amplo espaço e painel com central multimídia de sete polegadas que mostra como a forma de conduzir está impactando no consumo da bateria e outras informações.

Segundo Katia Ribeiro, head de veículos utilitários da Citroën e Peugeot para a América do Sul, para viabilizar a mobilidade dos veículos elétricos foi fechado parceria com a WEG que vai oferecer toda a infraestrutura e soluções de recarga, com uma consultoria customizada para cada cliente. “Os veículos são equipados com conversor de potência ou carregador de bordo trifásico on board charger de 11 kW, que permitem uma carga mais rápida em diferentes condições, chegando a uma carga de 80% em até 45 minutos”, destacou a executiva.

Ribeiro informou que a WEG está lançando uma estação de recarga em corrente contínua no padrão CCS2 de 30 kW, com tamanho compacto para os pequenos e grandes frotistas carregar seus veículos nas suas próprias instalações.

Para garantir a sustentação ao projeto de eletrificação no país, as fabricantes francesas estão preparando a rede de concessionários para a comercialização dos veículos elétricos e a sua manutenção.

Edgar Alexandrino, diretor comercial da Citroën do Brasil, afirmou que a rede de concessionários está pronta para atender os consumidores de veículos elétricos. “A meta a partir de fevereiro de 2022 é que 100% da rede Peugeot e Citroën estejam aptas para receber os veículos elétricos em suas oficinas.”

Hoje as marcas contam com dois centros totalmente dedicados aos elétricos, chamados de e-Centers, em São Paulo e Rio de Janeiro. “Temos planos fortes de expansão em 2022, chegando a 10 e-Centers autorizados até maio”, disse Alexandrino.

Segundo o diretor, a vantagem dos novos veículos é que, por ser elétricos, têm economia de 60% no plano de revisões.

Antonio Filosa, presidente da Stellantis na América Latina, destacou que 63% dos consumidores no mundo preferem empresas que têm claras ações orientadas à preservação do meio ambiente. “Hoje 10% das empresas de logísticas já oferecem opção de frota verde para suas operações. Isso é uma prioridade para a sociedade de hoje, sendo um dos principais gargalos das cidades e dos centros urbanos.”

As fabricantes francesas constataram em seu levantamento que o mundo mudou com o e-commerce. “Somente no Brasil há 68 milhões de compradores que geraram uma receita de R$ 24 bilhões em 2020 e a previsão é de crescimento anual de 10% nos próximos anos. Com isso, a previsão é de que a logística last mile (que chega até a ponta) tenha um crescimento de 32% na pegada de carbono em 2030. Para reverter esse cenário, a frota de utilitários tem papel relevante.”

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