As montadoras fecharam julho com a produção de 14.801 caminhões, avanço de 1,1% sobre junho. O volume alcançado no mês passado é o melhor desde julho de 2013, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Esse resultado mostra que as empresas estão conseguindo atender à grande demanda do mercado mesmo com as dificuldades causadas pela falta de semicondutores que também afeta o setor de caminhões, mas em escala menor porque o volume e a quantidade de componentes utilizados são inferiores aos dos automóveis”, esclareceu Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea.
No acumulado de janeiro a julho a produção de caminhões chegou a 89.523 unidades, o melhor resultado desde 2013. O crescimento expressivo de 115,4% ocorre porque em 2020, principalmente no primeiro semestre, o desempenho foi muito afetado pela pandemia da Covid-19.
Do total fabricado até julho, 44.156 são de caminhões pesados, 25.394 de semipesados, 14.595 de leves, 4.288 de médios e 1.090 de semileves.
Vendas – As vendas cresceram 5,3% em julho, somando 11.977 caminhões quando comparadas às de junho deste ano, que teve 11.372 veículos vendidos no país. “Esse resultado mostra que o mercado continua bastante demandado por causa da pujança do agronegócio, da mineração, do e-commerce e do próprio movimento positivo da economia”, disse Saltini. A média diária de emplacamentos em julho é de 540 caminhões, superior a 2020 (415 unidades) e 2019 (389).
Com exceção dos pesados, os demais segmentos tiveram aumento de vendas em julho. “Embora tenham registrado queda de 4,3% no mês passado, o segmento de pesados é ainda o que teve maior participação nas vendas totais de caminhões, respondendo por 48%. Se considerar pesados e semipesados a participação é de quase 73%”, observou Saltini.
Exportação – As exportações de caminhões vêm se mantendo num ritmo adequado, segundo Saltini, com o embarque de 1.884 veículos em julho, 6,6% superior a junho. No acumulado de janeiro a julho venda de 12.615 veículos no mercado internacional teve aumento de 109,7% sobre o mesmo período de 2020 por causa do impacto que a pandemia causou em outros países.
“A Argentina continua sendo o maior comprador, mas todos os mercados têm demandado caminhões brasileiros. Assim como o Brasil, está havendo retomada da economia nesses locais e o Brasil acaba tendo boa performance. Estamos tentando manter o nível adequado de exportações porque depois de perder a reconquista destes mercados é muito difícil e demanda muito tempo”, disse Saltini.
Em CKD (veículos desmontados) foram exportados 2.848 caminhões de janeiro a julho, aumento de 28,4% sobre o mesmo período de 2020, quando foram exportados 2.219 veículos.
Ranking – No ranking do setor a Volkswagen Caminhões e Ônibus manteve a liderança, com 20.131 caminhões vendidos de janeiro a julho, 49,2% a mais que no mesmo período do ano passado (13.497), e o segundo lugar ficou com a Mercedes-Benz, que teve 18.759 veículos comercializados no país, 34,9% acima dos sete meses de 2020 (13.910 unidades).
A Volvo ficou em terceiro lugar com 11.356 veículos vendidos até julho, 36,6% superior ao mesmo período de 2020 (8.312 unidades), e a Scania em quarto com 8.974 veículos, 101,1% a mais que em janeiro e julho de 2020 (4.462 unidades).
A Iveco, quinta colocada, vendeu 4.351 veículos, 86% superior aos sete meses de 2020 (2.339 unidades) e a DAF, que está em sexto lugar, comercializou 3.030 caminhões, 38% a mais que no mesmo período de 2020 (2.195 unidades).