Brasil contribui com 74% aos resultados da Bosch na América Latina

No ano fiscal de 2020 as vendas do grupo Bosch totalizaram R$ 6,9 bilhões na América Latina, o que representou aumento aproximado de 6% em comparação ao registrado em 2019

O Brasil mantém grande representatividade no faturamento do grupo Bosch na América Latina. Com faturamento de R$ 5,1 bilhões, sendo 26% gerados a partir das exportações para os mercados da América Latina, América do Norte e Europa, as operações brasileiras foram responsáveis por 74% das vendas na região, que totalizaram R$ 6,9 bilhões no ano fiscal de 2020, incluindo as exportações e as vendas das empresas coligadas. Esse resultado representou aumento aproximado de 6% em comparação ao registrado no ano anterior.

“Diante de todos os desafios e incertezas que a pandemia da Covid-19 trouxe de um dia para o outro, a retomada gradativa dos negócios foi positiva ao longo do segundo semestre de 2020, principalmente nas áreas de bens de consumo e de reposição automotiva. Esse resultado vem consolidar ainda mais a nossa estratégia de longo prazo, que visa levar o nosso know-how em desenvolvimento de tecnologias e serviços para diferentes setores de negócios, como mobilidade, construção, agronegócios e indústria 4.0”, afirma Besaliel Botelho, presidente da Robert Bosch América Latina.

Segundo a companhia, o ano de 2021 tem se mostrado tão desafiador quanto o anterior, mas a Bosch segue atuando de forma a garantir a saúde de seus colaboradores e, também, a sustentabilidade dos negócios do grupo na região. “Há muitos desafios para serem superados e um deles, com certeza, é a disponibilização da vacina contra a Covid-19 para toda a população, que contribuirá para a retomada das atividades pessoais e profissionais num futuro próximo. Nesse contexto, a Bosch planeja crescimento das vendas de forma moderada ao longo desse ano e mantém a sua estratégia de longo prazo na América Latina.”

A Bosch informa que vem moldando o mundo conectado e criando oportunidades de negócios por meio da sua expertise em sensores, softwares e serviços. “A empresa busca alavancar sua competitividade combinando sua experiência em conectividade (internet das coisas, IoT) com inteligência artificial (AI) na geração de novos negócios e, assim, se tornar uma empresa líder em AIoT (AI + IoT).”

No Brasil, a multinacional atua nessa vertente de desenvolvimento oferecendo soluções de AIoT para os setores da mineração, agronegócios, mobilidade, industrial, monitoramento e gestão de frotas tendo como foco os pilares da segurança, melhoria da produtividade, redução de custos operacionais e aumento da eficiência energética.

“Entre os diferentes benefícios do uso da AIoT, posso citar os ganhos junto à manufatura avançada com processos mais transparentes e inteligentes. Os sensores nas máquinas e ferramentas permitem uma melhor visualização da cadeia produtiva e, com isso, as decisões de produção, logística, cadeia de fornecimento e manutenção ocorrem de forma mais ágil e segura, garantindo redução de custos, aumento de produtividade e de competitividade”, diz Botelho.

Além de ser usuária de tecnologias de indústria 4.0 em suas operações, a Bosch – devido a sua vasta experiência em manufatura e integração de tecnologias – também é provedora de soluções para que toda a cadeia produtiva possa estar conectada, especialmente as pequenas e médias empresas. A empresa disponibiliza para o mercado soluções customizadas turn key nas áreas de automação e engenharia industrial, ferramentaria e I4.0.

O 5G será a tecnologia habilitadora para garantir que a interação entre o universo digital e o real ocorra por meio de um fluxo contínuo de troca de informações, muitas vezes imperceptível, com alto nível de segurança, flexibilidade e baixa latência. “Esse novo padrão de transmissão de dados trará um grande impulso para a Internet das Coisas e Inteligência Artificial (AIoT), que impactará todos os segmentos da sociedade”, comenta a companhia.

A Bosch está presente na América Latina desde 1924 e emprega cerca de 9.800 colaboradores, sendo quase 8.200 no Brasil. Além de fornecer soluções tecnológicas e serviços customizados para o mercado local, a Bosch Brasil é um centro de competência para produção e comercialização de diferentes produtos.

Como exemplo a empresa cita a transferência da linha dos componentes diesel CRIN (Common Rail Injector) dos Estados Unidos para Curitiba, onde já conta com um centro de desenvolvimento de plataformas desses sistemas para o mercado global. Com isso, a empresa também estará apta para atender à demanda local assim que o Proconve P8 (que equivale ao Euro 6) entrar em vigor.

 “Além de ressaltar a nossa competência em diferentes setores de atuação, essas movimentações reforçam a visão estratégica do grupo Bosch e compõem um pacote de investimentos de R$ 170 milhões na região em 2021. Com a localização, conseguimos ganhar mais produtividade, eficiência, qualidade e excelência na produção e comercialização de produtos para atender tanto à demanda local quanto a exportação”, destaca Botelho.

Perspectivas para 2021

O grupo Bosch mundial registrou resultado positivo em 2020, apesar da pandemia do coronavírus, e um primeiro trimestre de 2021 bem-sucedido. “A Bosch superou bem o primeiro ano da pandemia do coronavírus”, disse Volkmar Denner, CEO do grupo Bosch mundial. Contudo, a empresa prevê mais um ano desafiador, principalmente devido aos riscos contínuos da pandemia. Para desenvolver novas oportunidades de negócios tendo como base as profundas mudanças tecnológicas e ecológicas que ocorreram recentemente, a Bosch está combinando a internet das coisas (IoT) com inteligência artificial (IA) e se concentrando na eletromobilidade. “Somos um dos vencedores na transição para a eletromobilidade e estamos expandindo significantemente o nosso negócio de software ao utilizar a inteligência artificial”, disse Denner. De 2021 a 2024, a empresa planeja investir um bilhão de euros na tecnologia de células a combustível. Em 2020, alcançou um marco importante de neutralidade de carbono em suas 400 localidades em todo o mundo. Até 2030, a empresa pretende reduzir em 15% as emissões de CO2, em relação ao nível registrado em 2018, ao longo de toda a sua cadeia de valor, dos fornecedores aos clientes. Isso significará uma redução 67 milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono.  

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