Delta Air Lines detalha plano para reduzir emissões dos seus aviões

A meta da companhia é substituir 10% o combustível de aviação refinado de origem fóssil por SAF (sustentáveis) até o fim de 2030

Após anunciar em março de 2020 o aporte de US$ 1 bilhão ao longo desta década para se tornar uma companhia neutra na emissão de gases poluentes, a Delta Air Lines começa a concretizar seu compromisso por meio de ações imediatas, tomadas em conjunto com investimentos de longo prazo para combater as mudanças climáticas.

“Conectar o mundo e proteger nosso meio ambiente para as gerações futuras não podem ser assuntos mutuamente excludentes”, disse Ed Bastian, CEO da Delta Air Lines. “Os viajantes não deveriam ter de escolher entre ver o mundo e salvá-lo. Devemos continuar a tomar ações imediatas hoje e não podemos esperar que soluções futuras se tornem realidade. Embora existam muitos caminhos para a neutralidade de carbono, a Delta escolheu causar impacto hoje e investir em um futuro em que a própria aviação se torne mais limpa para o mundo ao nosso redor.”

No curto prazo, a companhia pretende atingir a neutralidade de carbono reduzindo as emissões por meio da frota e eficiências operacionais, além de abordar as emissões restantes com investimentos em projetos de compensação de carbono que mantêm, protegem e expandem as florestas.

A visão da Delta é a aviação de impacto zero, com viagens aéreas que não causem danos ao meio ambiente por meio de emissões de gases de efeito estufa, ruído, geração de resíduos ou outros impactos ambientais. “Alcançar essa meta ambiciosa exigirá um investimento significativo de capital, apoio de parceiros governamentais, pesquisa e desenvolvimento por parte dos fabricantes e evolução de algumas das maiores indústrias do mundo”, destaca a companhia.

Enquanto trabalha para resolver seu maior impacto no meio ambiente, que são as emissões de dióxido de carbono, a Delta planeja investir em soluções inovadoras, como a captura e armazenamento de carbono e uso de combustíveis de aviação sustentáveis ​​(SAF).

Segundo a companhia, o SAF e outras tecnologias avançadas não estão disponíveis em escala suficiente para atender às demandas da indústria de hoje. “O mercado está tão subdesenvolvido que todos os SAF produzidos em 2020 só abasteceriam a frota da Delta por um único dia no período pré-Covid. É por isso que os investimentos, guiados por uma forte visão de longo prazo, são tão fundamentais.”

O SAF é uma alternativa ao combustível fóssil e pode reduzir as emissões em até 80% durante seu ciclo de vida completo. Os exemplos incluem biocombustíveis e combustíveis sintéticos. A meta da Delta é substituir 10% o seu combustível de aviação refinado de origem fóssil por SAF até o fim de 2030.

A empresa concordou em comprar um suprimento futuro de 70 milhões de galões de combustível de aviação sustentável por ano. A partir de 2024, isso inclui adquirir dez milhões de galões da Gevo e 60 milhões da Northwest Advanced Bio-Fuels em 2025, representando uma projeção de 1,7% do consumo anual total de combustível da Delta, ajustado para os níveis de voo de 2019.

Em 2020, a empresa aposentou mais de 200 aeronaves antigas. Os novos aviões são 25% mais eficientes em termos de consumo de combustível por assento-milha do que as aeronaves que estão substituindo. Em função dessas decisões de frota e taxas de ocupação de passageiros reduzidas durante a Covid-19, a frota da Delta foi quase 6% mais econômica em combustível por assento-milha disponível em 2020 do que em 2019, economizando 117 milhões de galões de combustível. Isso é igual às emissões do consumo anual de eletricidade de quase 200 mil residências, ou quase todas as residências da cidade de Atlanta, nos Estados Unidos.

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