A operação resulta de ações comerciais conjuntas entre várias empresas do grupo Maersk, em função do atendimento das necessidades do cliente. O armador Aliança foi responsável pelo frete marítimo, a APM Terminals Pecém foi o porto de embarque e a equipe da Maersk Brazil respondeu pela solução logística.
Para o diretor superintendente da APM Terminals Pecém, Daniel Rose, além da integração logística com foco no cliente, a operação em si foi muito importante para o terminal: “Ficamos muito satisfeitos com a entrega da equipe, com a agilidade e, ao mesmo tempo, a tranquilidade em que a movimentação ocorreu. Nossas equipes de planejamento, segurança e operação estavam muito alinhadas e isso contou no sucesso da complexa operação que realizamos. Isso não seria possível sem a parceria com o Complexo do Pecém e do nosso time capacitado.”
Para a operação, primeiramente foi utilizado um guindaste Ship to Shore (STS) da APM Terminals que realizou o embarque de contêineres do tipo flat rack para servirem como base de apoio aos frames de suporte e movimentação no qual as pás seriam encaixadas. Logo após, foram usados dois guindastes portuários móveis, do tipo MHC, para içar as pás que pesavam cerca de 21 toneladas cada. Os embarques ocorreram nos navios Bartolomeu Dias e Vincente Pinzon, ambos da empresa Aliança Navegação e Logística, e que integra uma das linhas de cabotagem que passam pelo porto.
André Magalhães, Head Comercial da APM Terminals Pecém explica que para essa operação “foram envolvidos seis porões para cada pá eólica. Totalizando doze tampões de porão e quatro contêineres do tipo flat rack. Na transferência para o navio, utilizamos dois guindastes de terra, que em perfeito sincronismo carregaram duas pás em incríveis 55 minutos. Pelo tamanho das pás e pelo tipo de embarcação utilizada, estamos, provavelmente, diante de um novo recorde mundial”, acredita.
A APM Terminals Pecém oferece seis linhas de cabotagem interligando o sul ao nordeste do país e a Manaus, sendo ponto de parada estratégica para exportação e importação, além de contar com uma rota para a costa leste dos Estados Unidos ao longo de todo o ano e mais duas rotas para a Europa durante o período da safra de frutas, de setembro a março.
As pás eólicas desembarcaram no Cais 2 do Terminal de Carga Geral (TCG) do porto de Imbituba (SC), terminal administrado pela Santos Brasil. A operação foi planejada e construída pela companhia, em parceria com o porto de Imbituba, a partir de uma obra para adequação do portão de saída e nivelamento de piso do pátio para recebimento da carga, com a movimentação simultânea de dois guindastes.
O conjunto das três pás eólicas integra um projeto de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com a Engie Brasil e Centrais Elétricas de Santa Catarina, desenvolvido pela WEG. “Essa bem sucedida operação reforça a capacidade operacional da Santos Brasil em oferecer soluções para clientes de diversos segmentos e com os mais diferentes tipos de carga”, afirma Danilo Ramos, diretor comercial de operações portuárias da companhia.