Em encontro realizado com os investidores no início deste mês na França Florent Menegaux, CEO do grupo Michelin, apresentou suas estratégias para 2030. A partir de 2023, assim que estabilizar o impacto da pandemia da Covid-19 no mundo, a companhia buscará o crescimento sustentável e espera alcançar aumento médio anual de 5% nas vendas, além de diversificar os negócios, tendo como meta que de 20% a 30% de suas receitas globais sejam provenientes de negócios não relacionados a pneus.
Em mobilidade de hidrogênio, o grupo Michelin pretende se tornar líder mundial com o fornecimento de célula de combustível a hidrogênio por meio da Symbio, joint venture que mantém com a Faurecia – fabricante francesa de componentes automotivos –, e em serviços e soluções, o grupo vai ampliar seu portfólio de soluções de frota.
No mercado de compostos flexíveis (correias, tecidos revestidos, transportadores e vedações) espera expandir significativamente os negócios, por meio de fusões e aquisições.
A companhia também vê oportunidade de crescimento na área de dispositivos médicos nos próximos anos. Na impressão 3D de metal, o grupo fornece apoio a startup francesa AddUp, sua joint venture com a Fives, na comercialização de soluções sob medida para os fabricantes.
Na sua estratégia “Tudo Sustentável para 2030: Michelin em Movimento”, apresentada durante o evento Michelin Market Day, inclui também a redução de 50% nas emissões de CO2 em relação a 2010, alcançando a neutralidade de carbono até 2050, além de aumentar o conteúdo de matérias-primas sustentáveis em todos os seus produtos para 40% até 2030.
“Com este novo plano estratégico, o grupo está embarcando em uma dinâmica de crescimento ambiciosa para os próximos dez anos. Mesmo que permaneça fiel ao seu DNA, em 2030 o perfil do grupo terá mudado significativamente com o crescimento de novos negócios de alto valor agregado. É esta capacidade de se reinventar constantemente que tem sustentado a força da Michelin por mais de 130 anos e que hoje nos dá confiança no futuro”, disse Menegaux.
O CEO do grupo Michelin ressaltou que, apesar da crise atual e do ambiente econômico ainda incerto, a Michelin demonstrou resiliência. “Este novo plano estratégico dará ao grupo meios para impulsionar um novo crescimento e reduzir os impactos e a empresa continuará desenvolvendo suas operações de pneus enquanto integra novos negócios.”
Segundo Menegaux, as tendências de mobilidade pós-Covid e o crescimento acelerado do mercado de veículos elétricos (VE) representam oportunidades de crescimento para o grupo, que tem liderança tecnológica no design e fabricação de pneus projetados especificamente para esses veículos.