A Cotriguaçu, um dos onze terminais que integram o corredor de exportação leste do porto de Paranaguá, inaugurou, em fevereiro, um novo desvio ferroviário. O investimento privado na remodelação foi de R$ 8 milhões. O secretário estadual da infraestrutura e logística, Sandro Alex, destacou que o investimento no terminal é importante para o escoamento da produção de todas as regiões do Paraná.
“A obra que a Cotriguaçu entrega, em Paranaguá, alia-se aos investimentos que o governo do estado está fazendo, que é o projeto do Moegão, uma moega exclusiva para descarga ferroviária, e ao novo corredor de exportação do porto de Paranaguá, que vai ampliar a capacidade do complexo”, disse.
Para o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, o aprimoramento das ferrovias nos portos é uma necessidade. “Entre 15% e 20% de toda a nossa movimentação de carga se dá pelo modal ferroviário. Sabemos que, se a gente quiser expandir mais terá que ser pelo modal ferroviário. Esse investimento da Cotriguaçu é só um começo”, afirmou.
De acordo com a Portos do Paraná, um dos projetos futuros, ao qual esse investimento do terminal se integra, é o chamado Asa Leste, que visa ampliar ainda mais a produtividade e participação do modal ferroviário no transporte de carga do segmento (graneis sólidos de exportação).
Localizado em uma área pública no corredor leste, entre os terminais da Cotriguaçu e Rocha, o Asa Leste será um novo pátio para composições maiores e melhor distribuição para os terminais. O projeto é da Rumo, em parceria com a Portos do Paraná e os dois terminais. A meta é dar mais agilidade e eficiência à distribuição dos vagões para descarga, com a melhora das manobras internas.
Com trilhos mais modernos, os ganhos com a obra da Cotriguaçu são, principalmente, mais segurança às operações e aos trabalhadores; aumento na produtividade do terminal; e, com o apoio da concessionária que administra a ferrovia, a Rumo, a redução das intervenções na passagem de nível na avenida José Lobo.
Segundo o gerente-geral do terminal portuário da Cotriguaçu em Paranaguá, Rodrigo Buffara Farah Coelho, a empresa fazia a descarga de 80 vagões por dia, de soja, milho e farelos. “Com a remodelação ferroviária, este ano a descarga deve chegar a 150 vagões por dia. Atualmente, a participação do modal ferroviário nas nossas operações é de 35%. Nossa meta é equalizar os modais rodoviário e ferroviário em 50% cada, assim garantimos mais competitividade para os nossos clientes”, afirmou.
Além de terminal, a Cotriguaçu também é operadora portuária e presta serviços de recepção, armazenagem e expedição de graneis. Nos últimos anos, a empresa investiu cerca de R$ 15 milhões em melhoria no acesso rodoviário, pátio interno para 80 caminhões, e repotenciamento das linhas de embarque, ampliando de 1,5 mil para duas mil toneladaspor hora.
O novo desvio, segundo a Cotriguaçu, já está pronto para receber locomotivas e vagões maiores e mais modernos. Cada vagão, desses atuais, tem capacidade para 50 toneladas de graneis. Os mais modernos, que devem ser implantados pela concessionária, têm capacidade para até 80 toneladas.
Segundo o diretor-presidente da Cotriguaçu no Paraná, Irineo da Costa Rodrigues, o investimento no desvio e na remodelação da moega de descarga ferroviária da empresa, em Paranaguá, é um investimento em modernização.
“Estamos tornando todas as operações da Cotriguaçu, em Paranaguá, mais dinâmicas, mais ágeis, e, claro, mais seguras para os trabalhadores e para os clientes. Estamos dando a nossa contribuição a um porto que está se destacando bastante em todo Brasil, e precisa ter clientes que fazer sua parte, seus próprios investimentos”, disse.