A Scania concluiu a venda de mais um lote de caminhões a gás. Desta vez foi para a TransMaroni Transportes, de São Paulo, que adquiriu 11 caminhões R 410 6×2. Do total, dois modelos foram entregues e já estão em operação. Um no transporte de carne para a JBS e o outro na entrega de produtos do centro de distribuição do Carrefour, em São Paulo, para as lojas do grupo. Quando todos estiverem entregues, outros embarcadores entrarão no sistema mais sustentável, entre eles a Unilever.
Com esta negociação, a Scania atinge a marca de 50 caminhões movidos a GNV e biometano vendidos no país. “A pandemia da Covid-19 mudou a forma de atuação das empresas, que estão começando a aderir ao que a gente chama de retomada verde, e aumentou a preocupação com a sustentabilidade em diversos ramos da economia em todo o mundo, inclusive no Brasil”, disse Roberto Barral, vice-presidente das operações comerciais da Scania no Brasil, durante coletiva de imprensa online.
Barral lembrou que o setor de transportes responde por 14% da emissão de CO2 no planeta. “Somos uma parte do problema e queremos ser uma parte da solução. Queremos atuar junto com os nossos clientes e com os embarcadores para que eles atinjam a meta de redução de emissões.”
Dos 50 caminhões comercializados, uma parte dos veículos já entrou em operação, outra ainda será entregue. Os veículos foram vendidos para transportadoras que atendem a embarcadores de diferentes indústrias, desde cosméticos a alimentos, como L’Oréal, PepsiCo, Unilever e Carrefour.
Neste lote com 50 caminhões a gás, além dos 11 veículos vendidos para a TransMaroni Transportes, contém sete carretas da RN Express, que transportarão produtos da L’Oréal, Nestlé e da Nespresso, e cinco da Jomed Log, que serão usados para transportar os produtos da L’Oréal. Tem ainda um caminhão P 340 3×2 da CCL e um modelo R 410 6×2 da Coopercarga, de Santa Catarina, que também prestam serviço para a marca francesa de cosméticos.
A Unilever terá três caminhões mais sustentáveis levando sua carga. As aquisições foram feitas pelas transportadoras Transtassi (dois R 410 6X2) e Carsten (um R 410 6X2). A conta dos 50 caminhões movidos a GNV e biometano fecha com a venda já anunciada de um modelo ao grupo Charrua (RS), de 18 unidades para a PepsiCo – dez na versão G 340 4×2 e oito R 410 6×2 – e de outras três empresas que ainda não autorizaram a divulgação do negócio.
Gustavo Maroni, diretor operacional na TransMaroni Transportes, disse que a escolha do caminhão Scania ocorreu pela confiança na marca, parceria que mantém desde a década de 70. “Decidimos investir no veículo à gás para reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes”, declarou. A empresa mantém em sua frota 3.500 veículos, sendo 2.500 carretas e 1.000 cavalos mecânicos.
Menos consumo – Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil, informou que os 5.547 caminhões Scania da nova geração vendidos de janeiro a setembro de 2020 e que estão rodando no país, estão economizando 15% de combustível em relação a série anterior. “Essa redução significa 45 mil litros a menos de óleo diesel consumidos, o que equivale a uma economia de R$ 155 milhões pelos usuários, e significa que os veículos deixam de emitir 120 mil toneladas de C02, equivalente a 720 mil árvores plantadas.
Barral afirmou que a Scania está perto de atingir a metade vender 100 caminhões a gás neste ano, porque a empresa tem negociações avançadas com empresários de vários segmentos. A RN Express, que tem sete caminhões a gás, já encaminhou para a Scania pedidos de novos modelos a gás e da nova geração. “Além da L’Oréal, temos contratos com a Nestlé e negociações com grandes embarcadores. Com isso, a nossa frota de caminhões a gás pode passar de 15 veículos este ano”, disse Rodrigo Navarro, proprietário da empresa.
Hoje a RN Express tem 150 veículos de diversos portes na sua frota, dos quais 50 são caminhões pesados, sendo uma parte a gás. Segundo Navarro, a empresa tem também projetos para investir no veículo elétrico.