Em julho de 2020, o Índice da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) de atividade apresentou variação de 2,1% em relação ao mês anterior, considerando os dados dessazonalizados. O volume de veículos leves que passaram pelos pedágios apresentou queda de 0,9%, enquanto o de pesados avançou 5,3%. O índice mede o movimento nas estradas sob concessão, realizada pela ABCR juntamente com a Tendências Consultoria Integrada.
Comparado ao mesmo período de 2019, o índice total caiu 18,7%. O fluxo pedagiado de veículos leves recuo 24,9%, enquanto o fluxo de pesados caiu 0,1%. “O movimento de pesados segue influenciado pela produção e circulação de bens de primeira necessidade, como sinalizado pelo dinamismo recente da indústria de alimentos e as vendas de supermercados”, afirma Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria.
“Quanto ao movimento de leves, permanecem múltiplas restrições, tanto do ponto de vista sanitário (como indicado pelo aumento da incidência de novos casos em algumas regiões do país), como econômico, manifestado pela expressiva queda das pessoas que conseguem trabalhar durante a pandemia, fatores que são limitantes às decisões de viagens das famílias.”
No Paraná, o fluxo total de veículos caiu 6% frente a junho, em termos dessazonalizados, ditado pela queda de 11,7% do índice de leves em conjunto com o avanço de 1,2% do índice de pesados no período. Ao se comparar com o mesmo período de 2019, o índice total apresentou retração de 17,9%. O fluxo pedagiado de veículos leves caiu 29,7%, enquanto o número de pesados apresentou aumento de 0,4%. Nos últimos doze meses o índice total acumula queda de 4,3%, fruto da alta de 3,0% dos veículos pesados e queda de 8,7% dos veículos leves.
No Rio de Janeiro, o fluxo total subiu 6,7% comparado a junho, em termos dessazonalizados. O resultado decorreu da alta de 6,2% no fluxo de veículos leves e de 6,5% dos pesados. Na comparação com julho de 2019, o índice total registrou decréscimo de 17,2%. O fluxo de leves caiu 19,3% e o de pesados 6,5%, mantida a métrica de comparação. Nos últimos doze meses, o índice total acumula queda de 12,3%, composta pela retração de 6,2% dos veículos pesados e queda de 13,5% dos veículos leves.
Em São Paulo, o movimento total de veículos teve aumento de 2,7% frente a junho, em termos dessazonalizados. A desagregação entre leves e pesados apresentou variação positiva de 0,2% e 4,3%, respectivamente. Em relação ao mesmo período de 2019, o índice total decresceu 19,7%. O fluxo de veículos leves registrou retração de 25,3%, enquanto o de pesados caiu 0,5%. Nos últimos doze meses, o índice total acumula queda de 10,2%, resultante do decréscimo de 12,7% dos veículos leves e de 1,6% dos veículos pesados.