Autopeças registram déficit de US$ 1,48 bilhão entre janeiro e maio

O resultado é 10,7% inferior ao saldo negativo de US$ 1,66 bilhão registrado no acumulado de janeiro a maio de 2019

O resultado é 10,7% inferior ao saldo negativo de US$ 1,66 bilhão registrado no acumulado de janeiro a maio de 2019

Sonia Moraes

A indústria brasileira de autopeças registrou de janeiro a maio deste ano déficit de US$ 1,49 bilhão, resultado 10,7% inferior ao saldo negativo de US$ 1,66 bilhão registrado nos cinco meses de 2019, segundo dados do Ministério da Economia consolidados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

A quantidade de peças importadas de 162 países nos cinco meses deste ano, embora tenha reduzido 25,4% (passou de US$ 4,82 bilhões em 2019 para US$ 3,60 bilhões em 2020), foi maior do que o volume exportado para 186 mercados, que totalizou US$ 2,11 bilhões, 33,1% inferior aos US$ 3,16 bilhões registrado no mesmo período de 2019. A retração nos embarques ocorreu nos principais parceiros comerciais das empresas: Argentina (-38,9%), Estados Unidos (-40,2%), México (-33%), Colômbia (-29,3%) e Chile (-43,2%).

Segundo o Sindipeças, a Argentina ocupou o primeiro lugar na lista de destinos das exportações de janeiro a maio, com 19,3% de participação em toda a operação, e a China está no topo do ranking de origem das importações, com 16,9% de participação nas compras totais das empresas.

Nas operações mensais as fabricantes registraram em maio queda de 63,6% nas exportações em comparação com o mesmo mês de 2019, de US$ 658,1 milhões para US$ 239,7 milhões.

As importações também foram afetadas pela crise do Covid-19, que provocou o fechamento das fábricas das montadoras e das autopeças, e isso resultou em queda de 44,8% nas transações realizadas em maio em comparação com o mesmo mês de 2019, com US$ 567,3 milhões em peças trazidas do exterior.

Na avaliação do Sindipeças as várias dificuldades trazidas pela pandemia do Convid-19, seja do ponto de vista logístico, econômico ou alfandegário, continuam criando obstáculos na normalização das operações comerciais e seguirão influenciando os resultados nos próximos meses. “Apesar da depreciação do câmbio e de fatores pontuais de estímulo, entendemos que as vendas de autopeças ao exterior poderão recuperar os níveis pré-pandemia no primeiro trimestre de 2021, caso o Real se mantenha depreciado, na casa de US$/R$ 5,00, e haja rápida normalização das condições econômicas nos parceiros comerciais, sobretudo Argentina, Estados Unidos e México”, observa o sindicato.

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