Boeing encerra acordo de parceria com a Embraer

Negócio de US$ 4,2 bilhões, anunciado em 2018, acabou rompido oficialmente por iniciativa da companhia norte-americana

A Boeing anunciou, em 25 de abril, o encerramento do acordo com a Embraer para criar uma empresa conjunta que assumiria todas as operações comerciais do fabricante brasileiro. O pacto, acordado em meados de 2018, incluía o desembolso de US$ 4,2 bilhões (R$ 23,5 bilhões, pelo câmbio atual) por parte da Boeing para controlar 80% das ações da nova companhia. 

A Boeing considera que a Embraer não cumpriu com sua parte do acordo. A empresa estadunidense alegou que a companhia “exerceu seu direito de encerrar (o acordo) depois que Embraer não satisfez as condições necessárias”.

A Embraer, entretanto, acredita “firmemente que a Boeing rescindiu indevidamente o Acordo Global da Operação (MTA) e fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação” e pagar à Embraer o valor estipulado. A empresa afirma que a Boeing adotou um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA, devido à falta de vontade em concluir a transação, sua condição financeira, ao 737 MAX e outros problemas comerciais e de reputação.

Em um comunicado divulgado à imprensa, a Embraer reforça que “está em total conformidade com suas obrigações previstas no MTA e que cumpriu todas as condições necessárias previstas até 24 de abril de 2020. A empresa buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos como resultado do cancelamento indevido e da violação do MTA.”

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