Movimentação de cargas cai 43,9% em abril

As cargas fracionadas tiveram retração de 46,28% e as cargas lotação diminuição de 41,84%, com impacto de 64,13% no setor automotivo

As medidas restritivas que entraram em vigor a partir do dia 16 março, com o fechamento do comércio e a diminuição da circulação das pessoas pelas cidades, que fizeram com que muitas empresas diminuíssem ou até mesmo parassem suas atividades, estão impactando na movimentação de cargas em todo o país. 

O levantamento foi feito pelo Departamento de Custos Operacionais (Decope) da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), com empresas de vários tamanhos e segmentos que circulam pelo Brasil, apurou que no período de 6 a 12 de abril a movimentação de carga teve queda de 43,9%.

As cargas fracionadas, pequenos volumes entregues para pessoas físicas, distribuidores, lojas de rua e de shoppings, além de supermercados e outros estabelecimentos, tiveram retração de 46,28%.

As cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos, tiveram diminuição de 41,84%. O maior impacto, de 64,13%, foi registrado no setor automotivo, seguido pelo segmento industrial que fabrica produtos da linha branca, cuja retração foi de 55,7%. Além destes setores, a pesquisa revela que há desaceleração do comércio em geral, de outros segmentos industriais, do agronegócio e na distribuição de combustíveis.

Os estados que apresentaram maior queda são Bahia (55,8%), seguido do Mato Grosso do Sul (55,7%), Pernambuco (55%) e Pará (54,4%). Outras 14 regiões sofreram queda significativa.

Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística, alerta que essa é uma situação que preocupa, principalmente porque a cada semana estamos vendo esse número aumentar e sabemos o quanto de fato vem causando prejuízos ao setor. “Estamos torcendo para que a retomada aconteça, mesmo que aos poucos, dando atenção às devidas precauções de higiene para manter a saúde de todos os envolvidos”.

A NTC&Logística reúne cerca de 4.000 empresas de transporte associadas direta e indiretamente e mais de 50 entidades patronais. Incluindo fornecedores e embarcadores em todo o Brasil, representa 10.500 empresas que operam uma frota superior a um milhão de caminhões.

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