Os veículos Torino, com chassi Mercedes 0500 UA Euro 6, serão utilizados pelo sistema Red Metropolitana de Movilidad da cidade de Santiago
O mercado chileno de ônibus, que registrou crescimento de 15,5% em 2019, segundo a Associação Nacional Automotriz do Chile (Anac), mantém aquecida a demanda por ônibus fabricados no Brasil. A partir de maio o país receberá 240 veículos produzidos pela Marcopolo em parceria com a Mercedes-Benz.
Os veículos serão entregues aos operadores Metbus e STP, integrantes do sistema de transporte público urbano da cidade de Santiago, o Red Metropolitana de Movilidad, do qual também fazem parte as empresas Redbus, Express, Vule e Subus. Todos os ônibus são do modelo Torino low entry articulado, com chassi Mercedes-Benz 0500 UA Euro 6, o que reforça a liderança que a Marcopolo possui no sistema de transporte chileno.
Segundo José Luiz Moraes Goes, gerente executivo de vendas da Marcopolo para a região das Américas, o fornecimento amplia a presença da empresa em um dos mais estruturados sistemas de mobilidade do mundo e colabora para o aprimoramento do sistema de transporte coletivo de Santiago.
“Desde o final de 2018 são cerca de 800 unidades enviadas somente para o Chile.
A frota total do sistema é de 6.600 ônibus, sendo que 1.600 são com carrocerias Marcopolo”, informa o executivo.
Com 18.600 mm de comprimento e piso baixo, os veículos têm capacidade para 152 passageiros. Possuem sistema de ar-condicionado Valeo CC640, portas USB, cabine separada para o motorista em nova versão – para garantir ainda mais segurança durante a operação –, vidros colados e poltronas do modelo City estofada, proporcionando mais conforto para os usuários.
Para garantir total acessibilidade, os ônibus possuem rampa de acesso ao salão e os mais modernos equipamentos eletrônicos disponíveis, como sistemas de comunicação e de áudio e vídeo, preparação para GPS, preparação para monitor interno de vídeo no salão de passageiros e alto falantes.
Os veículos Torino low entry articulados incorporam a tecnologia Euro 6, a mais avançada para redução da emissão de poluentes em motores diesel, com 66% menos material particulado e 80% menos NOx do que os atuais veículos em operação.
Foco no exterior – André Vidal Armaganijan, diretor de estratégia e negócios internacionais da Marcopolo, afirma que a empresa mantém o foco em buscar bons volumes de vendas no mercado externo.
“A empresa está bem estabelecida em diversos países e, independente da instabilidade política de alguns mercados e mais recentemente a expansão do corona vírus, continuará dedicando esforços para que boa parte de seu faturamento siga proveniente da exportação.”
O executivo esclarece que a queda de 25,4% nas exportações em receita em 2019 foi decorrente, principalmente, da retração na Argentina e da ausência de grandes pedidos direcionados aos mercados africanos como ocorreram em 2018. “Foram contabilizados R$ 1,01 bilhão com vendas ao mercado internacional referentes aos 3.417 veículos exportados pelas marcas do grupo Marcopolo (Marcopolo, Volare e Neobus), o que representou uma queda de 13,2% em unidades físicas enviadas para os clientes no exterior”, revela Armaganijan.
Por outro lado, as subsidiárias no exterior foram os destaques positivos de 2019.
A Marcopolo México aumentou em 37% a sua produção e a Superpolo da Colômbia teve um incremento de 154,4%. A Volgren, na Austrália, mesmo com diminuição de volumes, conseguiu reverter o prejuízo do ano anterior.
O diretor da Marcopolo comenta que a demanda do mercado externo é tradicionalmente baixa no começo do ano e há algumas incertezas principalmente devido a fatores políticos em alguns países, além de eventuais impactos com a epidemia do coronavírus.
Como pontos positivos ele cita os negócios já fechados no exterior, cujas entregas estão previstas para o segundo semestre de 2020.
Neste início de ano os clientes de países latinos, como Argentina e Uruguai, além de países do continente africano, são os que mais estão comprando ônibus brasileiros, segundo Armaganijan. Do total de veículos exportados pela Marcopolo no ano passado, 30% são rodoviários, 30% urbanos, 15% micros e 15% modelos Volare.