A Labace 2017 (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition) é a maior feira do setor de aviação executiva da América Latina, organizada pela ABAG (Associação Brasileira de Aviação Geral). Segundo Flávio Pires, CEO da entidade, o primeiro semestre de 2017 mostra uma leve melhoria nas vendas de aeronaves no Brasil. “O ano passado foi muito difícil, pois o nosso setor é muito ligado à atividade econômica. A exceção foi o segmento de aeronaves voltadas para o agronegócio que apresentou crescimento, principalmente na região centro-oeste (1,2%, em 2016). Neste semestre, podemos dizer que os resultados pararam de cair, e esperamos melhoria até o fim do ano”, diz.
Atualmente, a frota de aeronaves agrícolas é de 1,1 mil unidades. De olho nesse mercado, a Bembras Agro lança a solução Farm Control. “É uma nova ferramenta de fácil manuseio que conta com drones autônomos e software para tratamento de imagens que ajudam o produtor a controlar a sua fazenda de maneira eficiente, gerando economia”, destaca Johann Coelho, cofundador e CPO da empresa. A solução contempla um drone autônomo com câmeras fotográficas de alta resolução com sensor infravermelho e uma plataforma para processamento dos dados. Com tablets ou smartphones, os produtores podem ter acesso a mapas detalhados das áreas plantadas e enviar esses dados para o GPS do trator, por exemplo.
Segundo Leonardo Fiuza, presidente da TAM Aviação Executiva, não é apenas nesse segmento que há bons indícios, mas a aviação executiva, em geral, começa a dar sinais de recuperação. “Atualmente, apesar de sermos conservadores em análises, estamos um pouco mais otimistas com 2017 em relação ao ano passado. Percebe-se uma procura maior do que há alguns meses, os negócios já voltaram a ser concretizados em prazos menores; porém, notamos que o cliente ficou ainda mais exigente”, acredita. “No ano passado, a TAM Aviação Executiva comercializou 25 aeronaves (incluindo helicópteros). Este ano, já foram vendidas 20, e a expectativa é fechar o ano com algo entre 35 e 40 aeronaves”, informa Fiuza.
E se a venda de aeronaves executivas demonstra recuperação, os outros serviços que integram o portfólio da TAM AE também dão sinais positivos. “Quando o mercado reage, toda a rede de serviços ligados à aviação executiva responde. Se há mais voos, o número de atendimentos cresce, as oficinas de manutenção recebem mais aeronaves e o número de tripulantes treinados também aumenta, “destaca Fiuza. “Acreditamos que o crescimento que temos registrado na venda desses adicionais se torne mais perceptível a partir do segundo semestre, período em que os negócios costumam estar mais aquecidos”, completa.
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