A diretora de relações institucionais do Consórcio BRT do Rio de Janeiro, Suzy Balloussier, conta que havia a previsão de entrega do BRT Transbrasil em agosto de 2016, a tempo de ser utilizado durante os Jogos Olímpicos. E afirma que, ao contrário disso, por causa do corte de gastos a que o município se viu obrigado e, posteriormente, a partir de 2017, também em razão da decisão política da nova gestão municipal de não dar continuidade às obras exclusivas da gestão anterior, não há previsão para quando o BRT Transbrasil entrará em operação.
“As obras estão concluídas em mais de 60% e, se não tivessem sido interrompidas, teriam sido entregues dentro do prazo estabelecido”, diz a dirigente, acrescentando que o BRT Transbrasil é um projeto importante para fechar a rede do sistema de transporte da cidade, que já conta com 122 quilômetros de BRT em operação, com três corredores: o Transoeste (em atividade desde junho de 2012), o Transcarioca (que passou a operar em junho de 2014) e o Transolímpico (em operação desde junho de 2016).
O sistema de BRT do Rio de Janeiro conta com uma frota de 455 ônibus, ao custo R$ 1 milhão cada um. E, mesmo com todos os equipamentos de controle, o sistema apresenta alto índice de evasão e ainda tem sido alvo de vandalismo, sobretudo com o apedrejamento das estações. “Para coibir os ataques e dar segurança aos usuários, a Guarda Civil tem feito um patrulhamento ostensivo”, relata Suzy.
Ela acrescenta, concluindo: “Temos olhado com muita preocupação o problema do vandalismo, que acaba interferindo na viabilidade do sistema e impactando os custos. Além disso, também é preciso ver que uma malha incompleta, com obras abandonadas, acarreta a falta de sustentabilidade econômica do sistema”.