Embora as vendas de medicamentos e de cosméticos tenham sofrido menos os impactos da crise econômica deflagrada no país, na comparação com outros setores, os distribuidores dos produtos têm reduzido custos e investido em novas alternativas de atendimento ao cliente, para se ajustar à atual demanda dos consumidores. Além disso, o acirramento da concorrência no mercado tem obrigado os operadores logísticos a serem mais especializados.
O movimento de disputa ocorre principalmente nos negócios relacionados com o setor farmacêutico. A competição crescente com os laboratórios, que atendem diretamente as grandes redes de farmácias, obrigou os distribuidores a apostarem nas pequenas e médias redes de lojas do varejo farmacêutico.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), Francisco Chagas, a maioria dos distribuidores tem ampliado o portfólio de seus produtos e investido no uso de novas tecnologias de vendas e logística para atender melhor o mercado. “Os serviços logísticos prestados pela distribuição de medicamentos tem evoluído rapidamente, principalmente no atendimento ao médio varejo. O distribuidor precisa investir em softwares que facilitem a comunicação com a equipe da indústria, prestar um excelente serviço de entrega, além de melhorar o nível de serviço nos atendimentos dos pedidos recebidos”, afirma Chagas.
Para o presidente da entidade, a entrega das mercadorias é um fator decisivo para a atividade de distribuição, pois a gestão dos dias de estoque vem sendo aprimorada pelo varejo. “O distribuidor tem que buscar alternativas para atender aos pedidos no menor tempo possível. ”
Já a gerente de logística da Ativa Logística, Elisa Pellini, afirma que os serviços prestados para os produtos farmacêuticos devem avançar cada vez mais com “transparência e detalhamento” das informações em tempo real, qualidade nos processos e rapidez nos serviços. “A indústria farmacêutica tem um histórico mais antigo no uso de parceiros logísticos, mas ultimamente os cosméticos e os produtos de higiene têm buscado mais a terceirização dos processos logísticos, para melhorar os custos e a eficiência”, afirma.
Para Pellini, como o setor farmacêutico e de cosméticos foi um dos menos afetados com a crise da economia brasileira, a Ativa pôde manter seus investimentos, que estão concentrados em novas frotas, unidades e tecnologia. “Tudo isso faz parte de uma estratégia da empresa para se tornar líder em serviços de entregas de medicamentos e cosméticos nos modais aéreo e rodoviário.”
Com o objetivo de atender com maior agilidade seus clientes, no primeiro semestre de 2016 a Ativa adquiriu a Transmodel Air Express e passou a atuar no segmento de transporte aéreo. Fundada em 1989, a Transmodel realiza entrega de medicamentos, diagnóstico clínico e distribuição de produtos de beleza e higiene pessoal.
Leia mais no Anuário de Logística no Acervo Digital OTM