Piracicabana opera ônibus movidos a B20 em Brasília

A Viação Piracicabana iniciou a operação de uma linha com apelo sustentável na região central de Brasília, no Distrito Federal, com uma frota de nove ônibus movidos a B20, um biocombustível com 20% de biodiesel adicionado ao diesel de origem fóssil. Oito veículos estão em circulação desde meados de janeiro na linha que liga a […]

A Viação Piracicabana iniciou a operação de uma linha com apelo sustentável na região central de Brasília, no Distrito Federal, com uma frota de nove ônibus movidos a B20, um biocombustível com 20% de biodiesel adicionado ao diesel de origem fóssil. Oito veículos estão em circulação desde meados de janeiro na linha que liga a Praça dos Três Poderes ao Memorial JK, e o nono ônibus integra a reserva operacional da linha.

“A ação faz parte da política da empresa, tendo como foco o desenvolvimento sustentável”, diz Fausto Mansur, diretor-geral da Piracicabana. A principal vantagem, segundo ele, é o ganho de qualidade para o meio ambiente. Quanto ao custo de operação, ele diz que ainda está em processo de avaliação. Sem revelar valores, o executivo conta que a empresa investiu em instalações diferenciadas e tanques separados de combustível dentro da própria empresa para possibilitar o abastecimento dos ônibus com o B20.

Segundo Fábio Ney Damasceno, secretário de Mobilidade do Distrito Federal, a mesma distribuidora que já fornece o diesel convencional B7 (93% de diesel fóssil e 7% de biodiesel), comercializa o B20, sendo a responsável pela formulação da mistura (atendendo à Resolução ANP nº 30/2016, que estabelece as especificações para o Biodiesel BX a B30). Atualmente Ipiranga e Shell são as distribuidoras que fornecem à Piracicabana, segundo Damasceno. De acordo com o secretário, não há restrição para a composição do biodiesel utilizado em Brasília, que pode ter diferentes origens como soja, cana-de-açúcar ou óleo de fritura, por exemplo.

“A inclusão de ônibus movidos a biodiesel B20 integra o eixo de qualidade ambiental do Programa de Mobilidade Urbana de Brasília, o Circula Brasília. Com essa ação, busca-se a melhoria da matriz energética da frota do transporte coletivo do Distrito Federal. Há a expectativa que mais seis ônibus movidos a B20 passem a compor a frota”, revela Damasceno.

O secretário ressalta que, em um ano, a mistura de 20% de biodiesel no diesel fóssil reduz a emissão de 18 toneladas de CO2 para cada ônibus, quando comparada a um veículo abastecido com diesel fóssil puro, o que equivale ao plantio de 132 árvores/ano para cada ônibus. Além disso, ele destaca que um estudo realizado pela Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) demonstra que é possível observar uma redução de até 39% na opacidade (fumaça).

Os ônibus dessa linha têm a identidade visual do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal e receberam a inscrição “Movido a Biodiesel B20”. Os veículos são do modelo Marcopolo Viale BRS, com chassi Mercedes-Benz O-500 U. Foram adquiridos pela Piracicabana, mas o valor não foi revelado. De acordo com a empresa, são transportados cerca de dez mil passageiros por dia nessa linha. A Piracicabana tem uma frota total de 525 ônibus, com idade média de três anos, e opera 169 linhas.

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