A ferrovia paraense (FEPASA) é um projeto tão ambicioso quanto importante para melhorar a infraestrutura do Norte do país e aumentar a competitividade dos produtos locais. A linha férrea deverá fazer a interligação entre as regiões sul e sudeste do Estado do Pará, realizando o escoamento das mercadorias pelo porto de Barcarena, na Grande Belém. “A implantação de uma ferrovia na Amazônia tem como objetivo tornar competitiva a produção de minerais e o agronegócio da região”, afirma Renato Pavan, diretor da Pavan Engenharia, empresa responsável pelos estudos de viabilidade econômica e técnica do projeto. Os estudos detectaram 16 cadeias produtivas e 55 produtos para exportação da ordem de 101 milhões de toneladas, de acordo com Pavan. “A Fepasa tornará o Estado do Pará, e o norte brasileiro, uma região sustentável e geradora de emprego e renda”, declarou.
O valor total do investimento é de R$ 16 bilhões, sendo que R$ 8 milhões serão destinados à Fepasa. O objetivo principal é que a ferrovia de 1,3 mil quilômetros possa transportar cem milhões de toneladas de minérios produzidos nas minas do sudeste paraense, além de dez milhões de toneladas de grãos. O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República aprovou, em junho, a execução do projeto Fepasa e se dispôs a reunir os investidores. Com isso, facilitou sua execução. O EIA-Rima (estudo e relatório de impacto ambiental) deve ficar concluído em maio de 2017 e o governo federal prometeu a publicação do edital de licitação até o final do ano. Se tudo correr como o planejado, as obras começarão em 2018.
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