Mais passageiros nos sistemas ferroviários

O número de passageiros transportados pelos veículos sobre trilhos tem crescido 10% ao ano e em 2016 deve alcançar 20%, conforme afirmou Joubert Fortes Flores Filho, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) durante a 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, evento que tratou do crescimento e melhoria da rede metroferroviária no […]

O número de passageiros transportados pelos veículos sobre trilhos tem crescido 10% ao ano e em 2016 deve alcançar 20%, conforme afirmou Joubert Fortes Flores Filho, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) durante a 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, evento que tratou do crescimento e melhoria da rede metroferroviária no Brasil. Nessa mesma linha, Paulo de Magalhães, presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), disse que o número de passageiros de das linhas da empresa, que chegou a cair para perto de 300 mil por dia no primeiro semestre, voltou a crescer a partir de julho.

O legado das Olimpíadas ao Rio de Janeiro, o metrô da Bahia e a recuperação dos passageiros da CPTM contribuem para manter crescimento da demanda.

Luís Augusto Valença, diretor-presidente da CCR Metrô Bahia, espera que com a nova Linha 2, que deve operar a partir de 2018, aumente o número de passageiros que a Linha 1 não atraiu ainda. Valença afirmou que as obras da Linha 2, que começaram em fevereiro de 2015, estão a pleno vapor. Esta linha, com 41 km, terá 23 estações, irá operar com 40 trens e deverá transportar 500 mil passageiros ao dia, graças à integração com dez terminais de ônibus. O investimento será de R$ 5,1 bilhões bancados pelo governo do Estado e pela concessionária. A nova linha deve iniciar as operações em agosto de 2017. Essa agilidade, segundo Valença é explicada pela urgência de iniciar a recuperação dos investimentos.

O desafio da operadora será convencer os baianos a deixarem o carro em casa para usar o metrô, uma vez que tem havido protestos contra as obras que provocam engarrafamentos na cidade, explicou Valença. Outra queixa é a falta de integração tarifária dos ônibus urbanos e interurbanos com o metrô e que ele espera ver resolvida quando a nova linha começar a operar.

No Rio de Janeiro, as Olimpíadas aumentaram sensivelmente o número de passageiros nos trens e nas três linhas do metrô. Ao mostrar um vídeo feito durante a Rio 2016, João Gouveia, diretor de operações da Supervia, operadora dos trens urbanos do Rio de Janeiro comemorou o resultado do longo período de recuperação do sistema desde a assinatura do contrato de concessão da CBTU e Flumitrens em 2010. O vídeo mostrou os trens modernizados – 94% tem ar-condicionado –, estações reformadas, pessoal treinado e a colaboração de 130 voluntários para orientar os passageiros durante as três semanas dos jogos.

Desde o início das operações da Supervia, o número de passageiros diários aumentou de 156 mil para 700 mil por dia. Nos últimos cinco anos foram investidos R$ 3 bilhões com recursos do Estado do Rio e da concessionária. Pesquisa feita durante os jogos resultou em melhoria da avaliação do serviço de nota partindo de cinco para 8,2.

Em São Paulo, o destaque foi a linha 13-Jade, da CPTM, de 12,2 km, que deve ficar pronta em 2018, ligando a estação Engenheiro Goulart às proximidades do Aeroporto Internacional de Guarulhos. A estação que seria no Terminal 1 do aeroporto de Guarulhos ficará a dois quilômetros dali e a concessionária do aeroporto se encarregará de fazer, por meio de um “People Mover”, a ligação da estação aos três terminais. No local que seria a estação deverá ser levantado um empreendimento comercial. Entre o aeroporto e a estação Eng. Goulart está sendo construída outra no bairro Cecap, em Guarulhos, que terá terminal para integração com ônibus. Os investimentos nessa obra serão de R$ 2,2 bilhões, financiados em parte pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).

Paulo de Magalhães, presidente CPTM, informou que a Linha 13 terá mais duas etapas para conectar com a Linha 12 na estação do Brás e outra com a Linha 3 do Metrô no Tatuapé, chegando a 36,9 km.

Durante o evento foi assinado o convênio de Cooperação entre a Associação Latino-americana de Metrôs e Subterrâneos (Alamys) e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), representadas por Roland Zamora, secretário Geral da Alamys e Emiliano Stanislau Affonso Neto, presidente da Aeamesp.

Fonte: Aeamesp.

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