Entre a nostalgia do passado e o foco nos avanços tecnológicos que hoje equipam os novos ônibus do país, a encarroçadora Caio Induscar desenvolveu um modelo de negócio que lhe dá solidez mesmo diante das turbulências que a atual crise político-econômica gerou para toda a indústria nacional.
Aos 70 anos, a empresa mostra ainda vigor e entusiasmo. Mesmo diante da retração no mercado, inaugurou no ano passado mais uma unidade fabril, em Barra Bonita, São Paulo. Em 2016 comemora seus 70 anos de atividades, com 214.526 carrocerias fabricadas ao longo de sua história, até maio deste ano, sendo 100.770 sob o comando do novo grupo controlador.
A empresa foi fundada em 1945 por José Massa – do qual o atual piloto de Fórmula 1 Felipe Massa é parente – e os irmãos Gonçalves, com o nome de Companhia Americana Industrial de Ônibus (Caio). Iniciou suas atividades em janeiro de 1946, com uma fábrica na cidade de São Paulo, onde foi produzido seu primeiro veículo: a Jardineira.
A trajetória da Caio é marcada pela aquisição de diversas empresas que encorparam o crescimento do conglomerado que hoje ocupa uma área de 470,2 mil m2 na cidade de Botucatu, no interior paulista. Entre esses negócios que foram estratégicos para o grupo está a incorporação, em 1948, da Companhia Auto Carroceria Cermava, do Rio de Janeiro, na qual, na década seguinte, o grupo passou a produzir também chassis, sob licença da italiana Siccar, até 1964. Em 1962 foi fundada a Caio Norte, sediada em Jaboatão, Pernambuco, com potencial produtivo de 40 carrocerias ao mês, inaugurada oficialmente em 1966. Mais adiante, em 1976, o grupo adquiriu a fábrica de carrocerias Metropolitana, no Rio de Janeiro, e absorveu a tecnologia do duralumínio.
Leia a matéria completa na revista Technibus nº124 no Acervo Digital OTM