De acordo com o Denatran, em dezembro de 2015, o mercado brasileiro contabilizava uma frota de 90 milhões de veículos, sendo que apenas cerca de 3% desse montante eram monitorados pelas empresas do mercado de rastreamento. O segmento de carga representa, aproximadamente, 15% do total dos veículos rastreados em circulação. Isso significa que existe um grande mercado ainda a ser conquistado. As empresas que atuam no setor fazem investimentos constantes em desenvolvimento de produtos para convencer mais clientes a adotar ferramentas tecnológicas, que garantam mais segurança, planejamento e controle sobre a frota.
A PST, detentora da marca Pósitron, é uma das principais empresas que estão presentes nesse segmento. “Acreditamos na mudança no apelo pelo serviço de monitoramento. À medida que a segurança (a prevenção e ação contra roubos e furtos) deixa de ser a necessidade básica dos sistemas de rastreamento e monitoramento, os clientes passam a ter a visão de completos sistemas de gestão e de logística, em uma busca incessante pela redução de custos. Ou seja, a tendência da extensão dos produtos e serviços prestados, saindo do foco na segurança e transitando para as áreas de gerenciamento e otimização da operação em geral”, afirma Obson Cardoso, diretor da Unidade de Rastreamento da Pósitron.
Nesse cenário, a Pósitron acredita que as tecnologias e os equipamentos básicos continuam a ser os produtos de maior sucesso no mercado brasileiro. “Esses ainda são o nosso carro-chefe. Contudo, haverá forte tendência de tecnologias embarcadas que auxiliam na segurança e aumentam o controle logístico, sendo assim uma solução mais dinâmica e direcionada à logística, gerenciamento de frotas, telemetria e equipamentos que atuam diretamente no roubo de cargas, as chamadas ‘iscas’”, afirma Cardoso.
A crise econômica impactou o setor de rastreamento de forma significativa. “Principalmente em decorrência da queda nos volumes de veículos vendidos, dado o cenário econômico recessivo. Atualmente, a entrada de novas contas se dá principalmente pelo giro de clientes entre as empresas de rastreamento, devido à qualidade e à necessidade de reduzir gastos”, diz Cardoso. “Mesmo com todas as dificuldades verificadas no mercado, como a crise econômica e as incertezas do cenário político, o segmento de rastreamento da PST apresentou um crescimento de 10%, em relação ao mesmo período em 2014”, completa.
A expectativa para 2016 é de alcançar um crescimento em torno de 9%, se comparado ao ano de 2015, por meio da comercialização de produtos e serviços com maior valor agregado, junto aos canais corporativos, nos segmentos de varejo, carga e também nos canais indiretos (iscas).
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