A MRS Logística, operadora ferroviária de carga, registrou um aumento de 29,2% no transporte por contêineres no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2014.
No segmento automotivo o crescimento foi de mais de 135%, saltando de 1.886 TEUs no ano passado para 4.459 TEUs nos seis meses deste ano. O volume de papel e celulose avançou 120%, de 3.112 TEUs para 6.858 TEUs. A linha de produtos industrializados também evoluiu positivamente, com 18% de acréscimo: de 187 TEUs no primeiro semestre de 2014 para 221 TEUs no mesmo período deste ano.
Outro segmento com números relevantes no transporte por contêineres pela ferrovia foi o de produtos eletrônicos. Segundo a MRS, a operação que começou em janeiro deste ano somou 2.832 TEUs até 30 de junho.
A operadora ferroviária esclarece que os números acima comprovam que o transporte de contêineres vem se consolidando cada vez mais nas soluções de transporte da ferrovia, e com uma tendência bastante positiva a partir de junho, quando começou as operações entre as margens da região portuária de Santos, que até então eram realizadas exclusivamente pelo modal rodoviário.
“A crise econômica no País acabou fazendo com que as empresas decidissem experimentar os nossos serviços. Oferecemos segurança, confiabilidade e previsibilidade, além de custos mais baixos em muitos casos. Elas (as empresas) deixaram de lado uma série de preciosismos em favor de uma redução de custos, mesmo que essa redução seja de R$ 1”, comenta Guilherme Alvisi, gerente geral de negócios – carga geral da MRS.
O gerente da MRS esclarece que o transporte ferroviário por contêineres tem apresentado um custo entre 15% e 20% abaixo dos praticados em soluções com base rodoviária (em termos gerais, os ganhos variam dependendo da distância e do desenho logístico global). Além disso, há a questão da confiabilidade, devido a baixos índices de acidentes operacionais e alta disponibilidade dos ativos – material rodante e malha são pontos fortes em que a MRS se destaca no cenário nacional.
Outra vantagem é a previsibilidade, já que a companhia dispõe de um serviço expresso para trens de contêineres com datas e horários fixos para partidas e chegadas, e a segurança, com índices históricos praticamente nulos de roubo de cargas na malha da MRS.
Alvisi destaca também a produtividade, já que o contêiner é a medida unitizadora da logística, que facilita as operações em portos, no Brasil e no mundo, e virtualmente qualquer carga pode ser transportada dentro das caixas. “Neste momento, com a demanda mais fraca e as margens cada vez reduzidas, o que importa para as empresas é diminuir as despesas e garantir a rentabilidade”, argumenta o gerente da MRS.