As queixas sobre as condições dos ônibus que circulam na cidade de São Paulo, principalmente no que ser refere a conservação e limpeza, continuam, mas estatisticamente o número de reclamações sobre o serviço de ônibus na cidade caiu cerca de 20% no mês de julho, em comparação a maio deste ano. No acumulado dos primeiros sete meses de 2014 foram registradas 42.711 mil queixas contra 31.241 em igual período deste ano, uma queda de 35,7%. A pesquisa é realizada pela São Paulo Transporte (SPTrans), junto com as empresas concessionárias do sistema.
Este é o menor índice de reclamações registrado nos últimos dez anos, segundo informações do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss). Em 2015, já foram transportados mais de 1,64 bilhão de passageiros e registradas 27.231 mil reclamações, o que equivale a uma reclamação para cada 60.335 usuários – 0,002% (dois milésimos por cento).
Na avaliação do SPUrbanuss, há indícios de que a queda de reclamações já seria resultado dos investimentos feitos em mobilidade urbana e na compra de ônibus novos e modernos, com maior capacidade de transporte de passageiros. Do ponto de vista da mobilidade, teria contribuído para minimizar as insatisfações a criação de faixas para ônibus e a instalação de semáforos que conferem prioridade ao transporte coletivo. Essas iniciativas têm colaborado para que os veículos consigam uma melhor velocidade operacional, reduzindo os atrasos e possibilitando o cumprimento das viagens programadas.
Ainda de acordo com informações do SPUrbanuss, as queixas mais comuns dos usuários costumam ser por causa da demora nos pontos, má conservação, falta de manutenção da frota e direção e comportamento dos motoristas.
“A redução nas reclamações dos usuários deve ser um objetivo permanente por parte das empresas e do poder público”, diz Francisco Christovam, presidente do SPUrbanuss. “Quanto ao número de reclamações aos motoristas, as empresas devem investir em um treinamento especial, além do que já existe, com vista a aumentar a urbanidade dos operadores e o trato com os clientes.”
De acordo com comunicado do SPUrbanuss, todas as empresas concessionárias que atuam na cidade seguem as determinações da SPTrans no que diz respeito ao número de ônibus nas linhas, horários de partidas e itinerários. A limpeza e a manutenção da frota são feitas regularmente nas garagens e todos os motoristas são obrigados a passar, semestralmente, por cursos de direção defensiva e de urbanidade, informa o sindicato.
As empresas concessionárias, associadas ao SPUrbanuss, atendem à uma demanda própria de meios de transporte de massa: operam mais de mil linhas na cidade de São Paulo, com uma frota de mais de 8 mil ônibus e transportam, diariamente, cerca de 6 milhões de passageiros.