Com foco na garantia da qualidade final de seus produtos, a Iveco iniciou a operação de seu novo campo de provas, construído dentro do complexo industrial da empresa na cidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Foram aplicados no empreendimento recursos da ordem de R$ 24 milhões, que fazem parte do pacote de investimentos de R$ 650 milhões anunciado recentemente pela montadora, dentro de um plano de incremento de competitividade. Os recursos serão aplicados até 2016, em diferente frentes como nacionalização de componentes, melhoria de processos industriais e sistemas de qualidade, pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“Nosso objetivo é tornar ainda melhor o processo final de validação dos produtos, desde a linha de veículos leves até o blindado Guarani, com a realização de aproximadamente três mil testes anuais, que comprovam qualidades como a durabilidade e a robustez dos veículos que oferecemos aos nossos clientes”, diz Marco Borba, vice-presidente da Iveco para a América Latina.
O campo é considerado uma das mais completas estruturas para testes em veículos comerciais e de defesa do Brasil e, de acordo com Borba, essa estrutura será utilizada também para validação de produtos comercializados pela Iveco em outros países da América Latina. Em uma área de 300 mil metros quadrados foram incluídas três pistas de testes para validar a linha de produtos: uma pista de alta velocidade, do tipo oval, com 1.650 metros de extensão, para testes que simulam situações reais como, por exemplo, mudança de faixa em alta velocidade; uma pista para teste de ruído; e um circuito projetado para atender à demanda dos veículos comerciais e para o Guarani.
“Os testes dinâmicos, ou seja, que envolvem a movimentação dos nossos veículos, já podem ser feitos totalmente nas nossas dependências”, comemora Darwin Viegas, diretor de engenharia de desenvolvimento do produto. No caso do blindado da Iveco, a estrutura conta com testes específicos solicitados pelas forças armadas, como obstáculos verticais de 0,4 m e 0,5 m, fosso com água para prova de navegabilidade, área plana para ensaios dinâmicos, pista de inclinação lateral de 20%, rampas com inclinações de 12%, 20%, 24% e 60% e fosso seco de 1,2 metro de profundidade. Os obstáculos servem para comprovar a capacidade de partida em rampa, potência em trechos íngremes, durabilidade do freio de estacionamento e da embreagem.
“Embora o Guarani venha sendo utilizado pelo Exército exclusivamente para missões de paz e proteções de áreas de fronteira, o compromisso que temos o prazer de honrar é tornar esse veículo fabricado pela Iveco capaz de superar qualquer obstáculo, mesmo nos cenários mais adversos”, diz Giovanni D’Ambrosio, diretor de pesquisa e desenvolvimento da linha de veículos de defesa da Iveco.
O campo de provas da Iveco começou a ser projetado em 2011, com o objetivo de levar para dentro das dependências da empresa os testes nos modelos da marca que eram feitos em pistas particulares, contratadas para esse fim específico. “A construção do campo de provas significa, entre outros benefícios, economia de tempo e recursos para a Iveco, além de impor ainda mais qualidade e confiabilidade total aos procedimentos de validação”, analisa Darwin Viegas, diretor de desenvolvimento do produto para a América Latina e responsável pela obra.
A primeira parte do campo a tomar forma foi a pista de durabilidade acelerada, utilizada para analisar e evitar danos em componentes e na estrutura dos veículos. Em seguida, foi ativado o anel de alta velocidade, a pista para teste de ruídos e o circuito planejado para testar veículos comerciais e as linhas de transporte de passageiros Daily Minibus, Iveco CityClass e o chassi 170S28. Paralelamente, foi erguida, no mesmo espaço, a área de testes específica para o Guarani.
De acordo com Viegas, esse circuito full liner se equipara às demais estruturas do mesmo gênero que a marca mantém na Alemanha e na Itália. “Ao longo do tempo, nosso plano é somar novas formas de testar os veículos nesse mesmo espaço. O campo de provas reflete a filosofia da Iveco de jamais parar de investir e evoluir em nome da excelência dos nossos produtos”, afirma o diretor.